Economia

Lula expressa insatisfação com programa para a indústria 

Segundo relatos, o Presidente argumentou que a proposta carecia de aspectos concretos

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou descontentamento a seus interlocutores em relação ao conjunto de medidas destinadas ao setor industrial, o qual foi apresentado nesta segunda-feira (22) durante um evento realizado no Palácio do Planalto. As informações foram deliberadas em reportagem da Folha de São Paulo.

Segundo relatos, Lula expressou sua insatisfação, argumentando que a proposta carecia de aspectos concretos, gerando especulações de que se tratava de uma reprise de iniciativas já implementadas anteriormente. Além disso, apontou falhas no conteúdo do documento, destacando preocupações quanto aos prazos estabelecidos para o cumprimento das metas propostas.

Denominado Nova Indústria Brasil, o plano foi submetido à aprovação de Lula na segunda-feira (22) durante uma reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial. Posteriormente, foi detalhado em uma apresentação à imprensa, que já havia sido convidada para o evento de divulgação desde a semana anterior.

A elaboração da proposta ocorreu ao longo do segundo semestre de 2023, sob a liderança do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e demais membros do conselho.

Entenda a nova política industrial

O governo federal apresentou, na ultima segunda-feira (22), uma nova estratégia industrial para o Brasil, delineando metas para o avanço do setor até 2033. O documento foi entregue ao presidente Lula (PT) pelo CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial). A elaboração da política ocorreu ao longo do segundo semestre de 2023, envolvendo a participação do conselho, composto por 20 ministérios, do BNDES e de 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores.

A Nova Indústria Brasil (NIB) destina R$ 300 bilhões para financiamentos até 2026, abrangendo os R$ 106 bilhões anunciados na primeira reunião do CNDI em julho, acrescidos de R$ 194 bilhões. A gestão dos recursos ficará a cargo do BNDES, Finep e Embrapii.

O objetivo central desse plano consiste em reverter o que o governo identifica como “desindustrialização precoce do país”, promovendo o setor produtivo de maneira sustentável. Para alcançar esse propósito, a nova política inclui linhas de crédito específicas, recursos não-reembolsáveis, medidas regulatórias e de propriedade intelectual, além de uma estratégia voltada para obras públicas e compras governamentais.

Ao estabelecer metas para as seis missões definidas, o programa visa orientar o desenvolvimento industrial até o ano de 2033.