O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), anunciou neste domingo (18), em um vídeo que gravou ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e postado nas redes sociais, a redução das tarifas cobradas para embarque e desembarque nos portos do Rio de Janeiro e de Santos (SP).
Os descontos nos preços podem chegar a até 95%, no caso do Rio, e 65%, em Santos. “É (uma medida) muito importante para reduzir a inflação. Os portos privados aumentaram os impostos e nós, dos portos públicos, vamos diminuir as taxas de embarque e desembarque”, disse França.
Ao lado do ministro, Lula endossou a medida. “É muito importante compreender o papel do Estado. Nós não queremos que as coisas sejam todas estatais, mas é preciso que o Estado tenha uma ascendência sobre algumas coisas importantes”, afirmou o presidente da República.
“Nós queremos baratear o custo da produção neste país. Nós queremos facilitar para que aqueles que produzem, aqueles que plantam, aqueles que colhem, aqueles que exportam possam ganhar um pouco mais”, explicou Lula
Os descontos nas tarifas serão calculados a partir de alguns critérios, entre os quais o tipo de carga transportada, a frequência de utilização dos terminais pelas embarcações e o trajeto percorrido.
Passagens aéreas a R$ 200 pode ter desconto em folha de pagamento
Notícias Relacionadas
Em março, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, prometeu e detalhou alguns pontos do programa “Voa Brasil”, que pretende oferecer passagens aéreas a R$ 200 para aposentados do INSS, servidores públicos e estudantes beneficiários do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Porém, até o momento, a iniciativa não saiu do papel.
França afirmou que a iniciativa não vai envolver subsídio federal, será feito no formato de consignado, com desconto direto na folha de pagamento e que um banco público intermediará a compra.
Segundo o ministro, a previsão é que o programa funcione da seguinte forma: o aposentado, servidor público ou estudante do Fies compra a passagem, por R$ 200 o trecho, e paga em até 12 vezes.
A proposta prevê que o banco público – a Caixa ou o Banco do Brasil – pague a passagem à empresa aérea e desconte direto em folha o valor da prestação.
O limite de compra seria de quatro passagens por ano. E elas só poderiam ser adquiridas para viagens nos meses de fevereiro a junho, agosto e novembro.
O objetivo, segundo França, é fazer com que mais brasileiros passem a viajar de avião. “As companhias aéreas voam com 21% a menos de passageiros, com 21% dos assentos vazios. O objetivo é que a gente consiga preencher esses assentos incentivando pessoas a voar.”
