Economia

Lula: mesmo que Haddad erre, o governo dará certo

O presidente não deu detalhes sobre o contexto do diálogo com o ministro da Fazenda e afirmou que o Brasil "voltará a ser grande"

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Lula e Fernando Haddad / Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (8), em cerimônia no Palácio do Planalto, que, mesmo que o ministro da Fazenda Fernando Haddad cometa erros, ainda assim o governo dará certo.

“Eu disse ao ministro Haddad esta semana: ‘se tudo der errado, ainda [o governo] vai dar certo. Quero dizer, não tem jeito, mesmo que você [Haddad] erre, não tem jeito [de o governo dar errado]. O Brasil vai voltar a ser grande, escrevam isso porque estamos com apenas 15 meses de governo”, afirmou o presidente.

O presidente não deu mais detalhes sobre o diálogo com o líder da Fazenda. Fernando Haddad está em conflito com o Congresso Nacional desde que recorreu aos tribunais para pedir a inconstitucionalidade da lei que prorrogou a desoneração. O movimento do ministro irritou o Congresso.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Haddad argumentou que o governo enviou projetos de lei visando um ajuste fiscal, mas que o Legislativo enfraqueceu as propostas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, respondeu, classificando a advertência do ministro da Fazenda como “desnecessária” e “injusta”

Lula mencionou a conversa com Haddad durante cerimônia na qual o governo anunciou investimento de R$ 18,3 bilhões de reais em cinco modalidades do Novo PAC Seleções.

As cinco modalidades são Abastecimento de Água – Rural; Periferia Viva – Urbanização de Favelas; Prevenção a Desastres Naturais: Contenção de Encostas; Regularização Fundiária; e Renovação de Frota. O ministério das Cidades é o responsável por executar as obras.

Governo Lula: avaliações positiva e negativa caem e empatam em 33%

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) mostra que as avaliações favorável e desfavorável do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agora estão empatadas em 33% cada, um declínio em relação ao último levantamento.

O percentual dos que consideram o governo como regular é de 31%, enquanto aqueles que não sabem ou não responderam totalizaram 3%.

“A aprovação parou de cair, muito porque [a avaliação de Lula] parou de piorar no Sul e entre os evangélicos. As pessoas ainda têm uma percepção negativa da economia, acham que Lula não está entregando o que prometeu”, afirma Felipe Nunes, diretor da Quaest.

Segundo o levantamento, a desaprovação de Lula entre os evangélicos caiu para 58%, comparado aos 62% de março, igualando-se à taxa observada entre os católicos, que permaneceu estável em 58%.

Por outro lado, a aprovação entre os evangélicos subiu de 35% para 39% no mesmo período, com uma margem de erro máxima de 4 pontos percentuais para esse grupo.

No levantamento anterior, realizado em fevereiro, a aprovação do governo era de 35%, a desaprovação de 34%, e a classificação como regular era de 28%, com os indecisos permanecendo em 3%.

A pesquisa entrevistou 2.045 pessoas presencialmente entre os dias 2 e 6 de maio, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.

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