Acalmando os ânimos

Lula: "responsabilidade fiscal é um compromisso deste governo"

"Neste governo, a gente aplica o dinheiro que é necessário[...] mas a gente não joga dinheiro fora", disse Lula. 

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quarta-feira (3) que a “responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003”. “E a gente manterá ele a risca”, complementou.

“Neste governo, a gente aplica o dinheiro que é necessário, a gente gasta com educação e saúde o que é necessário, mas a gente não joga dinheiro fora”, disse Lula. 

O mandatário discursou durante o lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar, mas não mencionou nada sobre a situação do dólar e suas críticas anteriores ao BC (Banco Central), de acordo com o “Valor”.

O governo deve seguir com “uma política econômica sem criar sobressalto a ninguém”, segundo Lula, se referindo a uma possível alta no programa no próximo ano.  

“Teremos uma política econômica que fará o país crescer, vamos continuar fazendo transferência de renda […] E poderemos continuar com a responsabilidade que sempre tivemos”, declarou.

Dólar cai 2% com espera por reunião de Lula e ministros sobre câmbio

Um dia após alcançar seu novo recorde, o dólar comercial opera com forte queda em relação ao real nesta quarta-feira (3). O cenário é de expectativas pela reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros da área econômica para debater sobre o câmbio e a atual situação fiscal.

No exterior, o dólar sustenta baixas em relação às demais divisas.

Segundo o gerente da Mesa de Operações da StoneX, Marcio Riauba, dados positivos do PMI de serviços no Brasil favorecem a queda da moeda norte-americana.

Na véspera, em meio a rumores sobre o BC (Banco Central) estar consultando as tesourarias de bancos sobre eventual intervenção no câmbio, o dólar à vista chegou a reduzir os ganhos, mas mesmo assim encerrou o pregão com alta de 0,22%, cotado a R$ 5,66 na venda, o maior valor desde 10 de janeiro de 2022.

Já nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que a diretoria do BC tem autonomia para atuar no câmbio como achar conveniente e que não há orientação contrária.