Economia

Lula se reúne com presidente do Paraguai e discute energia de Itaipu

Entre os principais temas discutidos esteve o preço da energia vendida pela hidrelétrica binacional de Itaipu

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta segunda-feira (15) com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, no Palácio Itamaraty. Entre os principais temas discutidos esteve o preço da energia vendida pela hidrelétrica binacional de Itaipu, que fica na fronteira entre os dois países.

Em abril do ano passado, o governo anunciou que o Conselho de Administração de Itaipu havia aprovado o valor de US$ 16,71 por quilowatt, no que teria sido um consenso entre conselheiros brasileiros e paraguaios. As informações são da Agência Brasil.

Pouco depois, contudo, Peña foi eleito presidente. Ele já deu declarações públicas em defesa de um aumento do preço da energia vendida ao Brasil.

Essa foi ao menos a quarta reunião entre Lula e Peña desde maio do ano passado. Em todas, o tema do preço da energia de Itaipu esteve no centro da conversa, embora até o momento nenhum dos dois países tenha anunciado um acordo sobre o tema.

Após 50 anos, Brasil e Paraguai trabalham para a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que dispõe sobre as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade do empreendimento.

A empresa binacional conta com orçamento anual de cerca de US$ 3,5 bilhões, dos quais quase 70% destinavam-se ao pagamento da dívida do Paraguai com a construção da hidrelétrica no Rio Paraná. Com a quitação da dívida, em fevereiro deste ano, o Anexo C poderá ser revisado, conforme prevê o texto do próprio tratado.

Nesta segunda (15), Lula e Peña também discutiram assuntos em comum da América Latina, como a crise de segurança pública no Equador e a condução do Mercosul, cuja presidência rotativa encontra-se com o Paraguai. Após o encontro, os mandatários almoçaram no Itamaraty.

Energia limpa para impulsionar desenvolvimento econômico

O diretor financeiro executivo da Itaipu Binacional, André Pepitone, defendeu a energia limpa e renovável como a mola propulsora do desenvolvimento social e econômico do País.

O argumento foi apresentado durante o painel “Panorama Geral do Setor Elétrico Brasileiro”, na sede da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Londrina (PR), na última segunda-feira (4).

“Por meio da energia renovável vamos reduzir as desigualdades, possibilitar a inclusão social com melhoria da qualidade de vida da população”, disse. E concluiu: “Não há país desenvolvido sem uma sociedade próspera. Vamos unir desenvolvimento econômico, com frutos sociais, com a importante pauta da sustentabilidade”.

O seminário foi dividido com o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneeel), Fernando Mosna, e o diretor-geral da Copel Distribuição, Maximilliano Andres Orfali. O evento foi aberto pelo presidente da OAB, Nelson Sahyun Júnior, com a participação da vice-presidente da OAB Londrina, Sania Stefani e do procurador federal Miguel Cabrera Kauam.

Pepitone destacou ainda que os “17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Agenda 2030 são interconectados e transversais, que permitem avaliar a sustentabilidade de um projeto sob os pontos de vista econômico, social e ambiental”.

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