O presidente Lula se reúne, na tarde desta quinta-feira (27), com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, pela primeira vez desde que tomou posse. O encontro acontecerá junto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Nesse sentido, a única vez que Lula e Campos Neto se cruzaram foi no ano passado, durante a transição de governo. Embora não tenha acontecido tantos encontros, a relação entre os líderes foi marcada por conflitos. Principalmente em relação ao patamar elevado da taxa Selic, que teve seu primeiro corte em mais de três anos em agosto deste ano.
Contudo, o encontro visa buscar melhora na relação. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic pela segunda vez seguida, em 0,5 ponto percentual, levando a taxa básica a 12,75% ao ano.
Vale lembrar que, Lula é o primeiro presidente da república a iniciar o governo com a vigência da autonomia do Banco Central, sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro no início de 2021.
Com isso, Lula enfrenta a situação de ter como presidente do BC nos primeiros anos de seu mandato um nome indicado pelo governo anterior.
Lula sobre a economia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou nesta terça-feira (26) as promessas do governo na área econômica e afirmou que não será dado “cavalo de pau” no setor.
“Aqui, ninguém vai dar cavalo de pau na economia, não vamos inventar. A gente vai fazer o que precisa fazer”, disse Lula, em lançamento de estratégia para Complexo Econômico-Industrial da Saúde.
O petista pontuou que seu governo irá tratar “todo mundo com muito respeito”, mas ponderou que “as pessoas mais necessitadas e trabalhadores mais pobres terão atenção especial desse governo”.
A fala de Lula ocorreu em meio ao ceticismo de membros do Legislativo, que serão responsáveis em aprovar o Orçamento de 2024, sobre a meta fiscal para o ano que vem do governo de zerar o déficit das contas públicas.
Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, o deputado Danilo Forte (União-CE) chegou a dizer que o compromisso é “quase impossível”.
Para zerar o déficit, o governo de Lula terá que cortar despesas e/ou aumentar a arrecadação.