Meta fiscal

Lula: “tenho de estar convencido se há necessidade de cortes de gastos”

“A minha mãe dizia que a gente nunca pode gastar mais do que a gente ganha”, disse Lula

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, reiterou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal, mas também declarou que, antes de tudo, precisa estar “convencido” sobre a necessidade de corte de gastos.

Lula prometeu fazer “todos os esforços” para seguir as metas estabelecidas pelo novo arcabouço fiscal, que já passou por aprovação do Congresso Nacional

“Primeiro, eu tenho que estar convencido se há necessidade ou não de cortar. Você sabe que eu tenho uma divergência de conceito com o pessoal do mercado. Nem tudo que eles tratam como gasto eu trato como gasto”, disse o presidente em entrevista à “TV Record”.

“A minha mãe dizia que a gente nunca pode gastar mais do que a gente ganha”, prosseguiu Lula

“Às vezes, fico irritado, porque eu não sou marinheiro de primeira viagem. Eu sou o presidente da República mais longevo deste país depois de Getúlio Vargas e Dom Pedro II. Eu tenho experiência de administração bem sucedida”, defendeu o presidente.

Lula afirmou que seu compromisso com a responsabilidade fiscal vem de berço. Além disso, o mandatário avaliou que “não é obrigado a estabelecer uma meta e cumpri-la se você tiver coisas mais importantes para fazer”. 

“Este país é muito grande, este país é muito poderoso. O que é pequeno é a cabeça dos dirigentes deste país e a cabeça de alguns especuladores”, disse o presidente Lula.

Lula defende regulação “urgente” das big techs: “não pagam imposto”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (16), a regulação “urgente” das big techs – gigantes da tecnologia. Segundo Lula, o governo deve enviar ao Congresso um projeto de lei em caráter de urgência ou uma medida provisória para tratar do tema.

“Eu sou a favor de que a gente tenha uma regulação. Uma regulação urgente porque essas empresas não pagam imposto no Brasil. Essas empresas ganham bilhões de publicidade, essas empresas têm muito lucro com a disseminação do ódio nesse país e no mundo inteiro. Então, eu acho que nós temos que tomar uma decisão”, disse Lula à Record.

O presidente defendeu que o tema seja levado aos fóruns internacionais, como as Nações Unidas, o G20, os Brics e o G7, a fim de encontrar “uma saída coletiva”, pois “o mundo está em risco” com a disseminação desses conteúdos.