Dívida vira expansão

Madero acelera expansão com até 20 novos restaurantes

O Grupo Madero planeja abrir até 20 novos restaurantes em 2025, apostando na expansão sustentável e eficiente.

Grupo Madero
Foto: reprodução Faceboock Madero

O Grupo Madero inicia 2024 com planos ambiciosos. 

Após reestruturar sua dívida e melhorar a estrutura de capital, a rede prevê abrir até 20 restaurantes neste ano. 

Em 2025, o plano é inaugurar ao menos mais 20 unidades. 

A expansão marca uma nova fase da empresa, agora com operações mais eficientes e sustentáveis.

A companhia abriu quatro restaurantes no primeiro trimestre, chegando a 279 unidades.

Segundo Junior Durski, CEO do grupo, o momento atual reflete uma gestão focada em resultados.

“Com a estrutura ajustada, podemos crescer com segurança e rentabilidade”, afirmou.

Modelo híbrido impulsiona receita e atende públicos distintos do Madero

A rede aposta fortemente nas unidades híbridas, que unem as marcas Madero e Jeronimo em um único local. 

Esse modelo permite atender diferentes públicos e otimiza os custos operacionais. 

Como resultado, a receita consolidada atingiu R$ 478 milhões no primeiro trimestre, um avanço de 6,4% em relação ao ano anterior.

O delivery também teve papel relevante. 

Representou 20% do faturamento, com aumento de 2,4 pontos percentuais. 

Além disso, a rede planeja converter os contêineres e unidades Jeronimo Track para o modelo híbrido.

Grupo Madero avança no controle de custos e preserva margens

Para sustentar as margens, o Grupo Madero adotou estratégias inovadoras. 

Com a alta no preço da carne, passou a usar moedores industriais importados, o que permitiu adquirir cortes mais baratos, como o acém. 

Isso reduziu custos sem comprometer a qualidade.

Sendo assim, a margem Ebitda subiu de 27,6% para 31,9% em um ano.

Durski destaca que o grupo produz quase todos os insumos na cozinha central em Ponta Grossa, o que contribui para eficiência operacional.

Dívida reestruturada fortalece caixa e dá fôlego à expansão

A empresa captou R$ 200 milhões por meio de debêntures e notas comerciais. 

Assim, alongou o prazo médio da dívida para 2,5 anos. 

No fim de março, o caixa era de R$ 378 milhões.

O CFO Ariel Szwarc reforça que, mesmo com leve aumento da alavancagem para 1,19x Ebitda, o patamar atual está controlado.

A expectativa é reduzir esse índice para menos de 1x até o final de 2024.

IPO permanece nos planos, mas não é prioridade

Embora não dependa mais do IPO para equilibrar as finanças, o Grupo Madero ainda considera a abertura de capital. 

O registro feito em 2021 segue válido. 

Segundo Durski, a listagem na bolsa poderá ajudar a perpetuar o negócio, quando houver uma janela favorável no mercado.