O setor de tecnologia, sobretudo as big techs, tem enfrentado uma onda de demissões em todo o mundo, como já explicaram especialistas ao BP Money. Mark Zuckerberg, fundador e CEO da META (M1TA34), disse que o movimento acontece por conta da reestruturação, visando a eficiência e também o excesso de capacidade, frente aos desequilíbrios que a pandemia de Covid-19 provocou.
Mark Zuckerberg afirma não ver influência da Inteligência Artificial (IA) nos cortes das equipes. “As demissões têm mais a ver com as companhias tentando navegar em meio à pandemia”, declarou ele em uma entrevista de pouco mais de 40 minutos ao podcast Morning Brew Daily, que foi ao ar na sexta-feira (16).
O dono do instagram lembrou que, a crise causada pela Covid-19 levou a um boom no comércio eletrônico e nos serviços de TI em geral, logo no início. Isso porque, as empresas contratam muitos profissionais, pois os negócios estavam em alta, segundo o jornal o Globo.
“Muitas companhias cresceram além da conta. Quando as coisas voltaram a bem próximo do que estavam antes, muitas empresas se deram conta de que não estavam bem financeiramente, porque estavam com excesso de capacidade. Então, tivemos essas ondas de demissões, que estavam basicamente respondendo a isso”, afirmou Zuckerberg.
Avaliação de Mark Zuckerberg
Para o fundador do facebook, as empresas de tecnologia, incluindo as big techs, pertencem a uma geração de companhias que “não conheciam nada além de crescimento”. Ele diz que, como consequência, a ideia de demissões em massa era “maluca”, essas empresas “nem conseguiam compreender do que se tratava”.
“Mas tivemos que fazer (as demissões). Então, muitas companhias passaram por uma zona em que se deram conta de que, na verdade, as demissões não significaram o fim dos negócios. Foi muito duro, demitimos muita gente talentosa com quem nos importamos, mas, de alguma forma, ficar mais enxuta de certa forma fez as empresas mais eficazes”, disse ele.
Mark Zuckerberg, quanto a questionamentos sobre a IA, mostrou uma visão otimista, considerando os impactos da nova tecnologia no mercado de trabalho. O empresário vê a tecnologia como uma ferramenta com “usos fantásticos que farão nossa vida melhor de tantos jeitos”.