O mercado de ações dos Estados Unidos avançava nas primeiras negociações desta quarta-feira (1º), recuperando-se de uma forte queda desencadeada por preocupações com o aumento da inflação e com a nova variante do coronavírus.
Às 12h25, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançavam 1,15%, 1,45%, e 1,23%, respectivamente.
A recuperação do mercado está, em parte, relacionada à redução da tensão gerada pela variante ômicron do coronavírus, após declarações de autoridades sanitárias sobre a falta de evidências quanto a uma eventual ineficácia das vacinas contra essa mutação.
Assim como ocorre na maior parte do mundo, o mercado americano também se ajusta à nova postura do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), após o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizar que a inflação nos Estados Unidos pode não ser transitória.
Essa avaliação derrubou os mercados globais na véspera porque investidores passaram a esperar um aperto monetário nos Estados Unidos e, consequentemente, redução de liquidez.
Desde o início da pandemia, o Fed mantém os juros básicos praticamente zerados e realiza compras mensais de ativos, mas com o avanço da inflação, a já prevista retirada desses estímulos poderá ser acelerada.
Os principais índices da Europa também operavam no azul. As Bolsas de Londres, Paris e Frankfurt subiam 1,09%, 1,69% e 2,06%, respectivamente.
Na Ásia, fecharam em alta os mercados de Tóquio (0,41%), Hong Kong (0,78%) e Xangai/Shenzhen (0,24%).
Na China, o mercado à vista do minério de ferro fechou em queda de 0,55%, após forte alta de 5,76% na véspera.
No Brasil, o Ibovespa começou dezembro recuperando perdas da véspera, acompanhando o movimento de alta dos mercados internacionais e a valorização de commodities importantes para as principais empresas do país.
Às 14h25, o índice subia 0,96%, a 102.896 pontos. O dólar recuava 0,07%, cotado a R$ 5,6330 às 13h40.
O mercado no país acompanha com expectativa pela votação no Senado da PEC dos Precatórios, aprovada na terça pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Apesar de autorizar o governo a furar o teto de gastos e a dar um calote nas dívidas judiciais da União, o mercado avalia a PEC como alternativa para que o Orçamento de 2022 comporte o Auxílio Brasil, tornando o cenário fiscal menos imprevisível.