Mercedes-Benz aumenta prazo de layoff em fábrica de São Paulo

A Mercedes-Benz aumentou em mais um mês a suspensão de contratos de trabalho na fábrica de São Bernardo do Campo (SP)

A Mercedes-Benz aumentou em mais um mês a suspensão de contratos de trabalho, chamado layoff, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), local onde são produzidos caminhões e chassis de ônibus. A medida está em vigência desde maio no quadro do segundo turno da unidade e com a renovação segue até o dia 31 de agosto.

A montadora informou que a unidade segue produzindo os veículos em apenas um turno, e que a medida é uma forma de ajustar a produção à demanda por veículos pesados no mercado brasileiro.

A fábrica de São Bernardo reúne um quadro formado por cerca de 8 mil trabalhadores, 6 mil deles alocados na produção. 1,2 mil deles estão com os contratos suspensos.

O mercado de veículos pesados sofreu com a ressaca da mudança da legislação de emissões do Euro 5 para Euro 6, e isso afetou as montadoras. No primeiro semestre, as vendas de caminhões encolheram 12,1% ante as registradas no janeiro-junho de 2022, somando 50,3 mil unidades.

Com isso, não apenas a Mercedes promoveu ajustes nas suas linhas de produção, mas também outras montadoras, como a Scania, também em São Bernardo, e a Volvo, em Curitiba (SP).

A situação também refletiu no desempenho do segmento de implementos rodoviários. Segundo dados da Anfir, a entidade que representa as empresas desse setor, as vendas no primeiro semestre caíram 3%.

Volkswagen suspende contrato de 800 funcionários de fábrica em SP

A Volkswagen (VW) anunciou que irá suspender o contrato de trabalho (layoff) de 800 trabalhadores de sua fábrica de Taubaté (SP). A medida será adotada a partir do dia 1º de agosto por um período que varia de dois a cinco meses. De acordo com a montadora, a suspensão dos contratos será feita para adequar o volume de produção ao mercado.

O anúncio da montadora foi comunicado oficialmente pela empresa ao Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) na tarde de sexta-feira (14). “Infelizmente, a taxa de juros, a Selic, continua em 13,75% e inviabiliza a venda de carros novos, já que dois terços dessas vendas são feitas por financiamento. Com isso, as montadoras têm enfrentado um acúmulo de veículos em estoque nos pátios”, explicou o presidente do Sindmetau, Claudio Batista, o Claudião.

Durante a assembleia, realizada na sexta, Claudião reafirmou a importância do acordo coletivo feito entre o Sindicato e a Volks, que garante estabilidade até 2025. “Desde que firmamos o acordo em 2020, o qual foi renovado ano passado, até agora, a montadora utilizou um terço dos dias produtivos para aplicar medidas de flexibilização, como layoff, férias coletivas, shutdown, dayoff e banco de horas.”

Neste ano, a Volks já havia protocolado um pedido de layoff. Inicialmente a medida seria aplicada em junho e depois foi adiada para julho. Com o lançamento do programa de carros populares, a montadora chegou a anunciar que não adotaria mais a suspensão dos contratos neste ano.

Mas com a manutenção da taxa Selic, os planos foram novamente ajustados. Entre 26 de junho e 3 de julho, os trabalhadores ficaram fora da produção por meio de shutdown e dayoff, retornando no último dia 4 de julho. Agora, a nova previsão é de que o layoff seja iniciado em agosto.

A VW conta com cerca de 3.100 trabalhadores e trabalhadoras em Taubaté. Atualmente, a unidade produz o Polo Track, novo carro de entrada da montadora. O acordo coletivo também estabeleceu a produção de um SUV compacto para fábrica a partir de 2025.

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