Argentina

Milei aposta em amizade com Trump para garantir empréstimo do FMI

Com uma dívida de US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 255 bilhões), a Argentina é o maior devedor do FMI

Presidente da Argentina, Javier Milei /Foto: Reprodução
Presidente da Argentina, Javier Milei /Foto: Reprodução

O presidente da Argentina, Javier Milei, está apostando em sua amizade com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk, na esperança de assegurar investimentos para o país e um novo empréstimo do FMI (Fundo Monetário Internacional), conforme reportado pelo jornal Financial Times.

Com uma dívida de US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 255 bilhões), a Argentina é o maior devedor do FMI e busca bilhões em novos recursos para aliviar os rígidos controles de câmbio e capital que dificultam sua recuperação econômica.

Uma autoridade do governo de Milei declarou que a vitória de Trump deve acelerar as negociações com o FMI, organização na qual os EUA são o maior acionista. A recente vitória de Trump já impulsionou uma alta nos títulos e ações argentinas.

Milei se apresenta como o principal aliado latino-americano de Trump em uma “guerra cultural” global contra a esquerda, mesmo com as profundas diferenças comerciais entre ambos.

O presidente argentino manifestou apoio à candidatura de reeleição de Trump e tem cultivado uma amizade com Musk, que demonstrou interesse em investir na produção de lítio na Argentina. As informações são do “InfoMoney”.

Milei fecha Receita Federal argentina para reduzir custos

O presidente argentino, Javier Milei (La Libertad Avanza), fechou a Administração Federal de Receitas Públicas (Afip), equivalente à Receita Federal. O anúncio foi feito em um comunicado do governo. De acordo com a nota, a dissolução ocorre em função da redução do Estado e da “eliminação de estruturas ineficientes”.

No lugar da Afip, o governo vai criar a Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (Arca), com “estrutura mais simples, mais eficiente, menos custosa e menos burocrática”. Com o novo órgão, Milei promete reduzir 34% da estrutura atual.

Milei também vai demitir 3.155 agentes que “ingressaram de maneira irregular na Afip durante o último governo kirchnerista, o que equivale a 15% do quadro atual”, afirma a nota.