Possibilidade de acordo comercial

Milei diz que Trump vai apoia reformas na Argentina

De acordo com o presidente da Argentina, Trump vai apoiar o país na tentativa de conseguir novos financiamentos bilionários do FMI

Javier Milei
Javier Milei, presidente da Argentina / Foto: RS/via Fotos Publicas

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, vai ajudar o governo argentino a implementar sua reforma de livre mercado. Ainda, ele disse que a Argentina está se reaproximando do país norte-americano, após um longo tempo afastada.

Milei disse, em entrevista, que Trump vai apoiar o país na tentativa de conseguir novos financiamentos bilionários do FMI (Fundo Monetário Internacional), segundo informações do “Valor Econômico”.

Ainda, o presidente argentino afirmou que Trump está disposto a fazer um acordo de livre comércio com o país, mesmo que o presidente eleito tenha planos de impor tarifas à China, Canadá e México.

Acredito que é altamente provável, pois os EUA descobriram que somos um parceiro confiável”, afirmou Milei ao “The Wall Street Journal”, na terça-feira (17), na Casa Rosada.

Somos um aliado estratégico“, disse o presidente da Argentina. Milei se reuniu com Trump na casa do americano em novembro e deve comparecer a sua posse em 20 de janeiro.

O presidente eleito dos EUA já chegou a afirmar que Milei é “uma pessoa do Maga” (acrônimo do lema do americano “Make America Great Again”, ou “Tornar os EUA Grande de Novo”). Porém, ele nunca expressou publicamente apoio a um acordo comercial.

Primeiro ano de mandato de Milei

Milei se autodeclara anarcocapitalista e termina seu primeiro ano de mandato após grandes cortes nos gastos públicos para reduzir a inflação. Também para melhorar a economia, o presidente tenta obter um novo programa no FMI, com o objetivo de acabar com controles cambiais que prejudicam empresas.

Economistas falam que a retirada dos controles é importante para atrair investimentos para um maior crescimento e criação de empregos, mas também há riscos de que essa remoção faça a inflação voltar, segundo o “Valor Econômico”.

O governo de Milei reduziu os gastos públicos reais em 30%, com políticas como interrupção de obras públicas; redução de subsídios; cortes nas transferências para províncias; e reajustes nas aposentadoria e salários do setor público. Ao todo, foram demitidos 33 mil funcionários públicos.