Economia

Monitor do PIB sinaliza perda de crescimento no final de 2023

O indicador do FGV demonstrou expansão de 3% no PIB de 2023, levado pelo impulso do setor do agronegócio

No fim do ano passado, a economia mostrava um ritmo mais fraco, conforme visão do Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta segunda-feira (19). Cláudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais (NCN) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e responsável pelo indicador, foi quem fez o alerta. 

O Monitor do PIB demonstrou expansão de 3% no PIB de 2023, levado pelo impulso do setor do agronegócio. Apesar disto, a alta fechou em apenas 0,1% no quarto trimestre (4T23), frente ao terceiro trimestre. Considera destaca, ao falar sobre o desempenho da economia em 2023, a importância da agropecuária na alta projetada em 3%. 

Segundo a leitura do indicador do FGV, a agropecuária teve alta de 15,8% em 2023, após cair 1,1% em 2022. De acordo com o Valor Econômico, o especialista lembra as boas safras de grãos no ano passado, principalmente milho e soja

Os resultados do Monitor do PIB

Porém, os números que apresentaram crescimento se concentraram no início do ano. Esse período é quando acontece o cultivo e plantio das culturas mencionadas, lembrou Considera. Ele admite que isso é coerente com o desempenho do Monitor, ao término de 2023 – que não mostrou grandes saltos. 

Pela leitura do Monitor do PIB, a alta foi de 0,6%, em dezembro, frente a novembro. Para o especialista, a ausência de reação mais robusta na economia nos últimos meses do ano passado – sem a “ajuda” da agropecuária – reflete os investimentos ainda baixos no PIB. Segundo o Valor, essa percepção se reflete no indicador da FGV. 

Além disso, outros resultados apresentados pelo Monitor do PIB foram quanto à Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que finalizou com queda de 3,4%, comparado a 2022. O recuo chegou a 4,6% em dezembro de 2023 – igual ao mês em 2022 – e de 0,2% no quarto trimestre ante terceiro trimestre. “Realmente os investimentos não reagem”, resumiu. 

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