2ª queda seguida

Monitor do PIB sinaliza recuo de 0,2% na economia em agosto

Na comparação interanual, houve crescimento de 3,4% na economia e, na taxa acumulada nos 12 meses até agosto, avanço de 2,8%

Monitor do PIB
Foto: Governo do Espírito Santo/Divulgação

O Monitor do PIB (Produto Interno Bruto), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), apontou um recuo de 0,2% na economia em agosto ante julho.

Na comparação interanual, houve crescimento de 3,4% e, na taxa acumulada nos 12 meses até agosto, avanço de 2,8%. Já no trimestre móvel terminado em agosto, houve crescimento de 4,1%, informou a FGV.

Em termos monetários, estima-se que o PIB de 2024 acumulado até julho, em valores correntes, tenha sido de R$ 7,570 trilhões. A taxa de investimento em agosto ficou em 18,1%, na série a valores correntes, acima das taxas médias de investimento desde 2000 e desde 2015.

Monitor do PIB: Indústria e Serviços pressionaram atividade econômica

De acordo com Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, a queda da economia pelo segundo mês consecutivo é explicada pela estagnação da indústria e a retração dos serviços.

“Das três grandes atividades econômicas, apenas a agropecuária cresceu na comparação de agosto com julho”, detalhou Trece em nota.

Segundo ela, pela ótica da demanda, a maior parte dos componentes apresentou crescimento, com exceção da exportação, que apresentou expressiva queda de 2,5% em agosto. “Os menores níveis de exportação de produtos agropecuários e da extrativa ajudam a explicar essa retração”, explicou.

Ela destacou, no entanto, que embora pela ótica da demanda a maior parte dos componentes tenha tido desempenho positivo, as exportações líquidas negativas superaram esse crescimento, decorrendo em um resultado relevante para a queda do PIB em agosto.

Consumo das famílias

Ainda segundo o Monitor do PIB, no trimestre móvel até agosto em comparação com o mesmo período de 2023, o consumo das famílias cresceu 4,6%. O indicador apresentou crescimento em todas as suas categorias, com destaque para serviços, que mais contribuiu para a alta do trimestre terminado em agosto.

A FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) teve elevação de 7,5% no trimestre até agosto, em comparação com o mesmo período de 2023.