De "estável" para "positiva"

Moody's eleva perspectiva da nota de crédito do Brasil

A instituição manteve o nível Ba2, que indica um risco maior para investimentos estrangeiros, mas sinalizou que pode elevar a nota no futuro

Dinheiro
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A agência de classificação de risco Moody’s elevou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “estável” para “positiva”, na última quarta-feira (1).

A instituição manteve o nível Ba2, que indica um risco maior para investimentos estrangeiros, diante do endividamento do país. A agência, porém, sinalizou que pode elevar a nota no futuro e pontuou a importância da credibilidade do arcabouço fiscal para a “redução das incertezas a respeito da trajetória fiscal”.

A última movimentação da Moody’s foi em 2018, quando elevou a perspectiva de “negativa” para “estável”.

De acordo com o Tesouro Nacional, “ocorrendo a efetivação da mudança da nota de crédito, o Brasil estará a um degrau de voltar a possuir grau de investimento, um marco significativo para os indicadores de estabilidade econômica do país”.

Nas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a revisão da Moody’s é o reconhecimento da mudança da melhora das perspectivas econômicas brasileiras.

“Isso tem a ver com o trabalho conjunto dos três Poderes, que colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis. Mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. Temos muito a fazer!”, publicou o ministro.

Brasil volta a ser atrativo para investimentos estrangeiros

Após estar ausente em 2023 pela segunda vez em 25 anos, o Brasil retornou à lista dos 25 países mais atrativos para o Investimento Estrangeiro Direto (IED) elaborada pela consultoria Kearney. O País conquistou a 19ª posição no ranking, marcando seu melhor desempenho desde 2017.

O Brasil avançou duas posições entre as economias em desenvolvimento e agora é considerado o quinto destino mais atraente para o IED, superando o México e ficando atrás apenas da China, dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita e da Índia.

O sócio da Kearney no Brasil, Mark Essle, considera a reintegração do Brasil ao ranking uma notícia positiva, embora reconheça que o país ainda está distante de seu desempenho anterior. Na década de 2000 até o início dos anos 2010, o Brasil chegou a ocupar a terceira posição no ranking, sendo esse seu melhor resultado até então.

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