O risco tarifário deixou a Moody’s Investors Service mais perto de cortar sua classificação “AAA” do governo dos EUA esta semana, com a empresa de classificação de crédito emitindo novas previsões sobre déficits mais altos e taxas de juros elevadas, ambos os quais prejudicarão a capacidade do país de pagar suas dívidas.
Qualquer rebaixamento seria uma decisão politicamente carregada, que já desencadeou reações negativas para outras empresas de classificação no passado.
Tanto a S&P quanto a Fitch já rebaixaram os EUA para AA+.
O lento avanço das tarifas, combinado com maiores cortes de impostos, possivelmente aumentará o déficit em cerca de um terço na próxima década, para 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo a Moody’s.
A agência mudou sua perspectiva sobre os EUA para negativa em 2023, mas evitou um rebaixamento, mencionando a força única do dólar e do mercado do Tesouro.
Essa alteração de previsão indica que a posição está se deteriorando.
“Vemos perspectivas diminuídas de que esses pontos fortes continuarão a compensar os déficits fiscais crescentes e a capacidade de pagamento da dívida em declínio”, disse a Moody’s, de acordo com o InfoMoney.
Moody’s diz que força fiscal dos EUA deve seguir declinando
A força fiscal dos EUA está a caminho de um declínio contínuo nos próximos anos, enquanto os passivos orçamentários avançam e a dívida se torna menos sustentável, afirmou a agência Moody’s nesta terça-feira (25).
Em relatório recente, a agência destacou que a saúde fiscal do país se deteriorou ainda mais desde que a perspectiva sobre a nota AAA dos EUA foi reduzida pela Moody’s em novembro de 2023.
“Mesmo em um cenário econômico e financeiro muito positivo (…) a capacidade de pagamento da dívida permanece materialmente mais fraca do que a de outros países soberanos com recomendação AAA e altamente qualificados”, disse a Moody’s, segundo a “CNN”.