A disparidade salarial entre homens e mulheres com MBA começa logo na saída do curso e só aumenta. Segundo pesquisa com 1.055 ex-alunos de MBA de quase 60 programas de elite em todo o mundo, mulheres com MBA ganham cerca de US$ 11 mil a menos do que homens com o mesmo diploma. Uma década depois da formação, essa diferença sobe para mais de US$ 60 mil. As informações são da Bloomberg.
Nos EUA, as mulheres passam por uma persistente disparidade salarial de gênero, o que pode ser atribuído ao fato de que muitas trabalham em indústrias e empregos de baixa remuneração.
Menos de 10% dos diretores executivos do índice S&P 500 são mulheres, por exemplo, e essa sub-representação permanece na maior parte das escolas de negócios dos Estados Unidos, que abrigam algumas das pessoas com maior renda do país.
De acordo com pesquisa realizada pela Bloomberg Businessweek, em média, as mulheres ocupam apenas 40% de todas as vagas em 84 escolas. Em 27 escolas, elas representam menos de um terço da sala de aula.
No entanto, mesmo as mulheres que querem indústrias e empregos com salários altos enfrentam disparidades salariais, segundo dados da Forté Foundation, organização sem fins lucrativos focada no avanço das mulheres e na igualdade de gênero em escolas de negócios e administração.
A Forté mostrou que os homens pós-MBA, em média, ganham US$ 29.700 a mais do que as mulheres com certificados semelhantes. Mulheres pertencentes a minorias ganham pagamentos ainda menores, em média, cerca de US$ 52.000 a menos do que os homens, mostram os dados.
A presidente-executiva da Forté Foundation, Elissa Sangster, afirmou que parte da diferença ao comprovado preconceito que mulheres enfrentam no mercado de trabalho.
“Acho que às vezes as mulheres ficam desencantadas”, disse ela.
As atuais estudantes de MBA que participaram da pesquisa da Forté também indicaram que tinham aspirações de carreira menos ambiciosas. Os homens têm quase três vezes mais chance de almejar um cargo de CEO, por exemplo.
“Há muito o que as mulheres podem continuar fazendo para serem mais agressivas ou ambiciosas em relação à carreira”, disse Sangster. “Mas eu acho que as empresas têm que se certificar de que haja um terreno fértil para essas mulheres chegarem a essas posições de liderança.”