Foto: Arquivo Pessoal
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O mercado está precificando uma alta de 0,2% no PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre de 2025, em comparação com o trimestre anterior. Na comparação anual, segundo relatório do Itaú (ITUB4), a expectativa é de avanço de 1,7%.

O PIB será divulgado na próxima quinta-feira (4), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística).

“Pelo lado da oferta, a indústria deve ser destaque positivo, com aceleração do crescimento anual para 1,6%, ante 1,1% a/a no trimestre anterior. A atividade industrial deve ter sido novamente impulsionada pelo setor extrativo, para o qual projetamos alta de 11% a/a no 3T25, em linha com a forte produção de óleo e gás no período”, diz o relatório.

Já pelo lado da demanda, o Itaú aponta que tanto o consumo das famílias quanto o investimento devem apresentar alguma desaceleração. “Estimamos crescimento de 1,2% a/a no consumo das famílias no 3T25 (ante 1,8% no 2T25) e alta de 2,0% a/a nos investimentos (versus 4,0% a/a no 2T25)”, diz o relatório.

Além disso, é esperado que a divulgação carregue um fator adicional de incerteza: além dos dados do terceiro trimestre, também serão anunciadas as revisões dos PIBs trimestrais de 2023 em diante.

Setor de serviços deve impulsionar PIB do 3T25

O setor de serviços deve desacelerar, com avanço estimado em 1,5% ao ano no período (após alta de 2,0% no segundo trimestre de 2025). “Esse movimento reflete, entre outros fatores, a perda de fôlego no segmento de ‘outros serviços’, com destaque negativo para os serviços prestados às famílias”, pontuou o relatório.

Já para o economista da ASA, Leonardo Costa, é esperada uma desaceleração no setor agrícola, principal motor de 2025. Além disso, na sua visão, “o setor de serviços mostra perda de ritmo mais clara, ainda que gradual, em linha com todos os indicadores antecedentes, que vieram mais fracos ao longo do trimestre”.

“A indústria também dá sinais de arrefecimento: a extrativa, que vinha sendo o destaque das últimas leituras, perdeu ímpeto no terceiro trimestre de 2025, enquanto os demais segmentos industriais continuam operando em compasso mais contido”, concluiu o economista da ASA.