Expectativa internacional

Banco Mundial eleva previsão para PIB no Brasil em 2024

Para 2025, o órgão manteve a estimativa de expansão da economia brasileira em 2,2%

Banco Mundial
Banco Mundial (Foto: Divulgação)

O Banco Mundial revisou para cima a projeção de cresimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que passou de 1,3%, para 1,7% em 2024.

A entidade ressalta a relevância de que uma nova política industrial brasileira não implique em interferências na competitividade presente no País.

A melhoria da infraestrutura e educação também foram listados pelo Banco Mundial, com o argumento de que esses aspectos “fundamentais” devam se manter entre a prioridade da evolução do PIB do Brasil.

A estimativa, divulgada pela instituição multilateral em seu relatório semestral para América Latina e Caribe nesta quarta-feira (10), é inferior às projeções mais recentes do mercado, do Banco Central e do Ministério da Fazenda

Para 2025, o órgão manteve a estimativa de expansão da economia brasileira em 2,2%, e para 2026, a projeção é de 2%. 

O economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, William Maloney, destacou o histórico sólido da economia brasileira e a condução macroeconômica. Ele observou que o país foi um dos primeiros da região a aumentar a taxa de juros após a pandemia, permitindo cortes mais precoces. 

No entanto, alertou para a possibilidade de o Fed (Federal Reserve) adiar o início do ciclo de corte de juros nos EUA, o que poderia impactar negativamente as economias global e brasileira. 

Banco Mundial destaca setor de energia

O economista-chefe do Banco Mundial também ressaltou os investimentos diretos atraídos pelo Brasil no setor de energia e expressou interesse em ver como as políticas lançadas pelo governo federal no início do ano afetarão o crescimento econômico.

“Mas é importante manter os aspectos fundamentais”, disse, destacando a importância de o país focar na melhoria de educação e infraestrutura e no aumento de competição entre as empresas. 

No Brasil, o economista-chefe destacou a falta de conexão entre as universidades e o setor privado, considerando isso um ponto negativo. Além disso, ele mencionou o aumento da dívida pública no país durante o último ano, mas não vê isso como um grande problema para o futuro.