A presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Taciana Medeiros, afirmou que nunca houve inadimplência do agro nas proporções atuais. A executiva comentou os resultados do trimestre, apresentados na noite de quinta-feira (14), em live aberta a analistas de publico geral.
“Só um banco do tamanho do Banco do Brasil tem condição de suportar o que estamos suportando”, declarou a executiva do BB.
A executiva declarou que o BB está em seu maior nível de inadimplência no agro já vista na história da instituição financeira. “É importante que vocês tenham conhecimento da proporção dessa inadimplência e que vocês tenham tranquilidade que essa provisão já está presente no nosso balanço”, disse Medeiros. Informações via Infomoney.
Segundo o documento, o Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado do R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025, uma queda de 60% comparando com o mesmo período no ano passado.
“A gente era conhecido como banco que não protesta, o banco que não cobra a garantia, agora estamos judicializando”, afirmou a executiva sobre o agro.
Sobre a inadimplência das pessoas físicas, Taciana Medeiros disse que já percebem uma melhora na linha. “Vemos um arrefecimento no segundo semestre, então já estamos percebendo frutos de estratégias do banco”, afirmou.
As perdas esperadas por empréstimos avançaram 89,3% no 1º semestre, em R$ 31,6 bilhões. Resultado reflete principalmente o aumento da inadimplência na carteira de agronegócios e de Micro, Pequenas e Médias Empresas.
A executiva comentou sobre a necessidade de ajustes na resolução nº 4.966, do Conselho Monetário Nacional, para refletir melhor a realidade do banco.
“A 4,966 me traz a necessidade de provisão por perda esperada”, afirma a CEO. “Eu sempre disse que jamais venderia o modelo de risco do Banco do Brasil e sigo achando isso”. A executiva, no entanto, afirma que há um agravamento das provisões.