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Brasil deve ter ‘mudança de vento’, apesar de possível corte na Selic, diz FGV Ibre

Fonte: Nord Research
Fonte: Nord Research

O mercado já está “alinhado com as decisões de política monetária” previstas para esta quarta-feira (7). No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) deve reduzir a Selic (taxa básica de juros) em 0,50 ponto percentual, enquanto o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), dos EUA, não deve alterar os juros do país.

A avaliação é de Lívio Ribeiro, sócio da BRCG e pesquisador associado do FGV Ibre, durante participação no TAG Summit 2025, evento promovido pela TAG Investimentos em São Paulo. As informações são do Money Times.

O especialista afirmou que espera um corte de “50 amanhã” (redução de 0,50 p.p. na Selic) e “25 em junho”, o que levaria a uma Selic terminal de 10,25% ao ano.

Para o Brasil, Ribeiro enxerga uma “mudança de vento”, em que o cenário externo tende a ser desinflacionário — ou seja, com desaceleração do ritmo de crescimento dos preços. “Eu acho que existe o cenário desinflacionário, mas tenho dúvida do porquê ele seria desinflacionário”, pontuou.

Ele destacou que, diante de um possível cenário de recessão global, seria necessário adotar outro tipo de precauções.

No entanto, com a manutenção da atividade econômica global e o consequente aumento da disponibilidade de produtos chineses — que originalmente seriam destinados aos Estados Unidos —, parte dessa produção pode ser redirecionada para o Brasil, ajudando a conter preços. Mesmo assim, Ribeiro demonstrou ceticismo em relação à efetividade dessa dinâmica.

Minério sustenta superávit da balança comercial brasileira no 1º tri

balança comercial do Brasil teve um apoio importante do setor de minério no primeiro trimestre de 2025. Entre janeiro e março, o saldo da balança mineral somou US$ 7,68 bilhões, o equivalente a 77% do superávit total no período, que foi de US$ 9,98 bilhões, segundo o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração).

Somente as exportações minerais somaram o valor de US$ 9,3 bilhões, ao passo que as importações ficaram em US$ 1,6 bilhão nos três primeiros meses do ano.

O principal destino do minério brasileiro foi a China, respondendo por 68% das exportações do setor. Por outro lado, na linha de importações, os EUA lideraram com 20,8%, seguidos da Rússia (19,3%), Austrália (11,5%) e Canadá (9,3%), segundo a CNN Brasil.