O Brasil tem 43.176 cervejas e 55.015 marcas registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), diz o Anuário da Cerveja 2025, ano referência 2024. Pesquisa é feita em parceria com o Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja). Lançamento ocorreu na terça-feira (9)
O estado com maior número de cervejas registradas continua sendo São Paulo, com 12.803. Além de possuir o maior número de cervejas registradas, o estado também detém a média mais elevada, com 30 produtos registrados por estabelecimento.
O Espírito Santo foi a unidade federativa que teve o maior aumento no número, que passou de 1.221 para 1.434 no último ano, 213 registros a mais.
A média brasileira é de 22,2 registros de produtos por estabelecimento.
Registro de estabelecimentos
O número de cervejarias registradas no Ministério chegou a 1.949 em 2024, com a inclusão de 102 novos estabelecimentos, um crescimento de 5,5% em relação a 2023. Este é o 9º maior crescimento da série histórica.
Santa Catarina foi o estado com o maior crescimento no número de estabelecimentos, com 25 novas cervejarias, um aumento de 11,1%. São Paulo continua como o estado com o maior número de cervejarias (427), com 17 novos registros em 2024. Entre as regiões, o Sudeste concentra o maior número de estabelecimentos (889), o que corresponde a 45,6% dos estabelecimentos do país.
Segundo o anuário, 790 municípios brasileiros possuem pelo menos uma cervejaria registrada. A média nacional é de uma cervejaria para cada 109.073 habitantes. O estado em que a população está mais bem servida com cervejarias é o Rio Grande do Sul, com a marca de um estabelecimento para cada 32.177 habitantes.
Ascenção das cervejas sem álcool
As cervejas sem álcool ou desalcoolizadas (aquelas com teor alcoólico igual ou inferior a 0,5%) vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro.
Em 2024, a produção teve um crescimento expressivo de 536,9%, passando a representar 4,9% de toda a produção nacional. O avanço acompanha uma tendência de consumo mais equilibrado e consciente
O segmento inclui também as cervejas de baixo teor alcoólico, com até 2%, e as convencionais, que podem chegar a 54% de graduação alcoólica.
Importação e exportação de cervejas
O Brasil exportou cerca de 332,5 milhões de litros de cerveja no ano passado, o que significa um crescimento de 43,4% em relação ao ano anterior. O faturamento com exportações também cresceu e alcançou US$ 204 milhões, aumento de 31,1% frente a 2023. Este é o maior valor observado no período de estudo.
O Paraguai foi o principal destino da cerveja brasileira, responsável por 66,5% do volume exportado pelo Brasil.
A América do Sul concentra 97,7% das exportações brasileiras de cerveja, confirmando os países sul-americanos como os principais parceiros comerciais do Brasil nesse setor.
No movimento contrário, a Alemanha segue sendo a principal origem da cerveja importada pelo Brasil, com um volume de 3.185.550 litros, o que corresponde a 42,5% do volume total importado.
Nove, dos quinze países de maior exportação de cerveja ao Brasil em valor (US$), são europeus.
Declaração anual de produção e estoques
O volume total de produção declarado ao Ministério da Agricultura foi de 15,34 bilhões de litros. Desse total, 24,7% são de cerveja puro malte ou 100% malte, produzidas sem o uso de adjuntos cervejeiros, como trigo, centeio, aveia, milho e outros.
Entre os estilos com maior volume declarado, destaca-se a Lager Leve Clara, com 8,95 bilhões de litros, o que representa 58,3% da produção nacional. Em seguida, aparecem os estilos Pilsener, com 4,97 bilhões de litros (32,4%), e outras Lagers, com 1,29 bilhão de litros (8,5%). Juntos, esses três estilos somam 99,2% da produção total de cerveja no Brasil.
Também merecem destaque os estilos Malzbier e IPA, com volumes de 46,7 milhões de litros (0,3%) e 29,9 milhões de litros (0,2%), respectivamente.