O Brasil está tentando, nesta segunda-feira (31), suas últimas investidas para escapar do tarifaço que o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu para a próxima quarta-feira (2). Além do telefonema entre o chanceler Mauro Vieira e o representante do USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA), Jamieson Grier, o país enviou a Washington uma comitiva liderada pelo embaixador Maurício Lyrio para conversar com autoridades norte-americanas sobre o comércio bilateral.
O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Maurício Lyrio, participa há semanas das negociações entre os dois governos em torno de temas como as tarifas impostas ao aço brasileiro e, mais recentemente, a possibilidade de taxação do etanol.
Ele já havia programado uma viagem à capital norte-americana para tratar de temas relacionados ao G20, conforme apurado pelo Valor. Agora, ele pretende aproveitar a estadia para estreitar contatos na área comercial com autoridades da Casa Branca.
O Brasil busca uma negociação para evitar as tarifas, mas também está disposto a retaliar caso seja incluído na lista de países a serem taxados por Trump no que ele vem chamando de “Dia da Liberação” — um pacote de medidas que será anunciado na quarta-feira.
Soja: colheita atinge 82% da área cultivada no Brasil
Os produtores brasileiros já haviam colhido, até quinta-feira (27), 82% da área cultivada de soja na safra 2024/25, contra 77% na semana anterior e 74% no mesmo período do ano passado, de acordo com dados coletados pela consultoria AgRural.
O avanço atual é o mais alto, comparando com mesma época do ano, desde a safra 2010/11, quando começou a série histórica da consultoria. Segundo a AgRural, a colheita foi acelerada pelo tempo firme no Rio Grande do Sul, no Norte e no Nordeste do país, que também foram beneficiados pelo clima e pelo grande número de áreas prontas.
Falando sobre a situação geral da safra, a AgRural destacou que, na semana passada, chuvas beneficiaram o milho safrinha que precisava de mais umidade no Centro-Sul do Brasil. Mesmo assim, a irregularidade das precipitações e o calor fazem com que produtores continuem em alerta.