O Citi Brasil atingiu lucro líquido recorde de R$ 1,3 bilhão no primeiro semestre de 2025, aumentando 45% em relação à primeira metade de 2024. Esse resultado confirma que o banco fortaleceu operações e manteve foco em clientes corporativos.
Além disso, o ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido) subiu de 14% para 20%, superando as expectativas da própria instituição. Portanto, o desempenho reforça a resiliência do banco mesmo diante de juros elevados e incertezas internacionais.
A carteira de crédito do Citi Brasil, voltada exclusivamente para empresas, fechou junho em R$ 49 bilhões, estável frente a 2024. Segundo o presidente Marcelo Marangon, selecionar criteriosamente novos clientes ajudou a preservar a qualidade da carteira.
Crescimento sólido mesmo com cenário desafiador
Apesar do crédito mais contido, o banco ampliou depósitos para R$ 84 bilhões, crescimento de 17% em 12 meses. Entretanto, os ativos somaram R$ 189 bilhões, queda de 11%, devido à reclassificação do Banco Central, que afetou principalmente operações de câmbio. Se não fosse a medida, os ativos teriam crescido 4%.
Além disso, a inadimplência se manteve baixa, em 0,8% da carteira. Marangon destaca que trabalhar com clientes antigos e escolher novos contratos com cuidado fortaleceu os resultados e manteve a estabilidade do banco.
ROE elevado com operações menos dependentes da economia
O aumento do ROE para 20% decorreu principalmente da receita de operações diárias, como câmbio, derivativos, gestão de caixa e pagamentos. Assim, o banco reduziu sua dependência de fusões, aquisições e ofertas de ações.
Além disso, Marangon afirma que fusões e aquisições voltaram a movimentar o mercado. No entanto, muitas negociações ainda sofrem impactos da instabilidade econômica. Um exemplo é a fusão da BRF com a Marfrig, na qual o Citi atuou como assessor, mostrando o papel estratégico do banco.
Brasil permanece entre os principais mercados do Citi
O Citi Brasil está entre os cinco maiores mercados globais da instituição e projeta crescimento de dois dígitos nos próximos anos. Além disso, investimentos já foram aprovados para os próximos três anos, garantindo expansão planejada.
Quanto às tarifas impostas pelos EUA, o banco projeta impacto macroeconômico limitado, entre 0,3 e 0,4 ponto percentual do PIB. Entretanto, setores como café, proteínas e siderurgia podem sentir efeitos mais significativos.
Dessa forma, com resultados sólidos e estratégias focadas, o Citi Brasil mantém posição de destaque e projeta crescimento sustentável mesmo em cenário econômico desafiador.