O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, revelou nesta sexta-feira (25) que a entidade vai conduzir uma missão empresarial aos EUA para ajudar as negociação das tarifas de 50% sobre produtos importados brasileiros.
Um grupo de senadores, liderados por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), deve partir nesta sexta-feira para Washington com o mesmo objetivo.
Durante um fórum com entidades do setor produtivo, Alban disse que a mobilização da CNI tem o objetivo de sensibilizar empresas brasileiras e norte-americanas, junto aos respectivos governos, sobre os prejuízos da medida do governo americano, disse O Globo
“Principalmente para que a gente possa discutir a conveniência, pertinência, e a adequação de juntar as empresas americanas em um futuro próximo, nas próximas duas ou três semanas, em caso de se confirmar as tarifas para que possamos a fazer em viagem aos EUA, a sensibilização das empresas brasileiras ao governo brasileiro, e na sensibilização das empresas americanas junto ao governo americano” declarou Alban.
A medida entrará em vigor a partir do dia 1º de agosto, menos de uma semana, caso não seja retirada pelo governo americano. Alban deixou claro que a medida não será realizada para intermediar uma negociação direta. “Não é envolvendo jamais a negociação direta, que cabe aos governos mas para que possamos ser um facilitador dessa convergência de negociações.”
O governo brasileiro segue tentando negociar com Donald Trump, mas há indícios de que ele não está aberto ao diálogo.
‘Ele não quer conversar’, disse Lula sobre posição de Trump
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (24) que o presidente dos EUA, Donald Trump, não está aberto ao diálogo sobre a tarifa de 50% imposta aos produtos importados do Brasil pelo país norte-americano.
Afirmação foi feita durante um evento em Minas Novas (MG) que reuniu indígenas e quilombolas da região. O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) também estava presente no evento.
O presidente, contudo, afirmou que o Brasil está preparado para caso Trump queira negociar, disse o G1. Lula também debochou da estratégia do presidente republicano de atacar e, em algumas ocasiões, voltar atrás ou pausar suas decisões.