FGV IBRE

Confiança do consumidor recua meio ponto em agosto

Queda foi influenciada pela deterioração das expectativas para os próximos meses.

Confiança do Consumidor cai
Confiança do Consumidor (Agência Brasil)

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor), aferido pela FGV IBRE, caiu 0,5 ponto, para 86,2 pontos no mês de agosto. Queda foi influenciada pela deterioração das expectativas para os próximos meses.

De acordo com a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (25), o ISA (Índice de Situação Atual, teve alta de 1,1 ponto – segunda alta consecutiva – chegando aos 84,5 pontos. Já no sentido contrário, o IE (Índice de Expectativas) recuou 1,3 ponto, para 88,1 pontos.

O indicador de situação econômica atual, um dos pontos que compõem o ISA, recuou 0,3 ponto, para 94 pontos. O indicador de situação financeira atual da família, que também faz parte do ISA, subiu 2,6 pontos, para 75,4 pontos.

Entre os quesitos que compõem o IE, o indicador de situação econômica local futura recuou pelo terceiro mês consecutivo, agora em 2,8 pontos, a 97,7 pontos. A situação financeira futura da família caiu 2,6 pontos, para 79,8, menor nível desde setembro de 2021 (78,9 pontos).

Na contramão, o indicador de compras previstas de bens duráveis avançou 1,3 ponto, chegando aos 88,2 pontos, maior nível desde dezembro de 2024 (91,0 pontos).

A queda na confiança dos consumidores ocorreu de maneira heterogênea nas faixas de renda apuradas na sondagem, com queda nos extremos, entre os consumidores de menor renda (até R$ 2.100,00) e entre os de maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600,01).

“A confiança do consumidor tem oscilado dentro de uma estreita faixa nos últimos três meses, sem sinalizar uma tendência clara de melhora ou piora da confiança, mas uma manutenção do indicador em níveis desfavoráveis. Destaca-se no mês, a terceira e segunda queda seguida dos indicadores de situação econômica e financeira futura dos
consumidores, respectivamente” escreveu nna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE no release divulgado no site da instituição.

“Esses resultados sugerem um quadro de cautela e preocupação com o futuro, tendo em vista, principalmente, os altos níveis de endividamento e inadimplência das famílias.”