CNC

Confiança do empresário do comércio avança 0,6% em julho

Apesar do saldo positivo, o patamar é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, de 3,1%

(Foto: Pixabay/Pexels)
(Foto: Pixabay/Pexels)

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apresentou alta uma alta de 0,6%, na comparação com junho. Apesar do saldo positivo, o patamar é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, de 3,1%.

A Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra mostra que o varejo tem estado mais otimista com o passar do ano.

O destaque do mês foi o índice de confiança nas Condições Atuais  (da economia, do setor e da empresa), que avançou 1,5% em comparação com os 30 dias anteriores. Já o de Expectativas, um termômetro da visão sobre futuro, recuou 0,1%, sendo a única queda no comparativo com o mês de junho. As intenções de investimento subiram 0,7%.

Comparados os resultados de agora com os do mesmo período no ano passado, a maior retração ocorreu no tópico de Condições Atuais. O subindicador caiu 6,1%, puxado pela avaliação da economia (-12,5%). O subindicador que fala sobre as condições econômicas, mesmo com alta na variação mensal de 0,4%, registrou seu pior desempenho na análise anual, de 62,3%, já considerando o ajuste sazonal.

“A recuperação gradual da confiança do empresário do comércio reflete um esforço do setor em se adaptar às incertezas do ambiente econômico. É fundamental que o País avance em reformas estruturantes e em medidas que promovam segurança jurídica e previsibilidade, para que o setor produtivo possa se planejar melhor”, avaliou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Disposição para investir

As intenções de investimentos do empresariado melhoraram em relação ao ano de 2024. A pretensão de contratar funcionários, um dos aspectos investigados, cresceu 1,6%. Além disso, a disposição para investir na empresa avançou 1,1% a mais que no mês anterior.

“A maior disposição para investir está ligada a um cenário de consumo mais aquecido, com os consumidores mais propensos a comprar, o que anima os empresários a reforçar seus quadros e ampliar seus negócios”, explica o economista da CNC João Marcelo Costa.

O varejo de bens duráveis é o mais cético

O segmento de varejo de bens duráveis (eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, materiais de construção e veículos) é o que teve um maior nível de retração da segurança (-4,6%). Todos os nichos, na verdade, apresentaram algum nível de retração.

Apesar disso, o saldo foi positivo na análise mensal geral.

Entre os bens não duráveis, como supermercados, farmácias e cosméticos, a percepção atual do comércio caiu 8,4% em relação a julho de 2024, mesmo com recuperação no mês (+2,6%). O comércio de bens duráveis, por sua vez, liderou o avanço mensal (+3,3%) nas condições atuais, mas apresentou a maior retração anual nas expectativas (-5,8%).