
O Congresso Nacional adiou, mais uma vez, a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, que define as metas e prioridades do orçamento do próximo ano. O governo tenta recompor o equilíbrio fiscal após não conseguir elevar a taxação sobre apostas e aplicações financeiras.
De acordo com informações publicadas pela Rádio Senado, a equipe econômica apontou que a decisão retirou aproximadamente R$ 35 bilhões do caixa previsto para 2026, inviabilizando o cumprimento da meta fiscal.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT), afirmou que o Executivo busca alternativas para recompor as contas públicas e evitar impactos sobre programas sociais.
“Houve um acordo aqui no Congresso sobre as despesas, sobre o corte de despesas. Esse corte representa R$ 15 bilhões. Esse tema pode ser incorporado em vários projetos de lei que estão tramitando na Câmara dos Deputados”, disse Rodrigues.
“Há um segundo tema, que trata do corte linear de desonerações tributárias, cujo relator é o deputado Aguinaldo Ribeiro. Esse assunto está bem avançado e já pode ser incluído na pauta de deliberação”, acrescentou.
Congresso: impactos do atraso na votação da LDO
O senador Efraim Filho (União Brasil), presidente da Comissão Mista de Orçamento, alertou que o atraso na votação da LDO pode comprometer a aprovação do Orçamento de 2026 até o mês de dezembro.
“Tenho alertado o governo e o Ministério da Fazenda de que os prazos estão cada vez mais exíguos para que se conclua a votação do Orçamento ainda dentro do calendário de 2025”, declarou Efraim.
“Entrar em um novo ano sem o orçamento aprovado gera um sentimento de imprevisibilidade e insegurança jurídica, o que inibe a atração de investimentos. É um jogo de perde-perde: ruim para o governo, ruim para o Congresso, mas muito pior para o Brasil”, concluiu.