
A Dívida Bruta do Governo Geral atingiu 78,1% do PIB (Produto Interno Bruto) no mês de setembro, o maior nível desde novembro de 2021, de acordo com a série histórica do BC (Banco Central). O indicador tem registrado altas consecutivas desde abril deste ano.
Somente neste ano, a alta foi de 1,6 p.p. (ponto percentual) com impacto principal da incorporação de juros da dívida, que puxou para cima em 6,6 p.p. O pagamento de juros pelo setor publico neste ano chegou a R$ 684,670 bilhões no acumulado até setembro, valor acima dos R$ 650,283 bilhões apontados no mesmo período de 2024.
As emissões líquidas de dívida, em 0,1 p.p., e o reconhecimento da dívida, em 0,2 p.p., foram outros fatores que impactaram no indicador de dívida deste ano.
Noutro giro, o crescimento do PIB reduziu essa alta em 4,5 p.p. O efeito baixista da valorização cambial em 0,6 p.p. e de ajustes da dívida externa em 0,1 p.p. também afetaram o indicador.
Na comparação entre setembro e agosto, a dívida bruta aumentou em 0,6 p.p. Os juros apropriados tiveram impacto de alta de 0,8 p.p. O mês ainda teve uma alta de 0,3 p.p. por emissões líquidas de dívidas.
No acumulado de 12 meses, o déficit primário do setor público consolidado (governo central, governos regionais e estatais) chegou a R$ 33,235 bilhões (0,27% do PIB). Em 12 meses até agosto, o montante do déficit era de R$ 23,1 bilhões (0,19% do PIB).