Foto: Reprodução/ CanvaPro
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A gasolina e a energia elétrica residencial individualmente foram os principais impactos no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) no mês de outubro, porém em direções opostas.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o preço da gasolina avançou 0,99%, respondendo por 0,05 p.p (ponto percentual) da taxa de 0,18% do IPCA no mês. Além da gasolina, o etanol (3,09%) e o óleo diesel (0,01%) apresentaram altas. Do setor de combustíveis, apenas o gás veicular registrou uma queda, com 0,40%.

O preço da energia elétrica, por sua vez, caiu 1,09% no período, e impactou com um saldo negativo de, também, 0,05 p.p.

Em outubro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou a vigência da bandeira tarifária vermelha de nível 1 em outubro, o que causou um acréscimo de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Nos meses de agosto e setembro, porém, vigoraram a bandeira tarifária vermelha de patamar 2.

IPCA-15 sobe 0,18% em outubro, abaixo do esperado

IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação oficial, avançou 0,18% em outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado veio abaixo da mediana das projeções de economistas consultados pela Reuters, que apontava alta de 0,25%.

Em setembro, o indicador havia subido 0,48%. Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 5,01% em 12 meses, também ligeiramente abaixo da expectativa do mercado.

Preço dos alimentos cai pelo 5º mês, mas alta anual persiste

preço dos alimentos e bebidas registrou em outubro o quinto mês consecutivo de deflação, segundo o IPCA-15 divulgado nesta sexta-feira (24) pelo IBGE. A queda foi leve, de 0,02%, após recuos mais fortes em setembro (-0,35%) e agosto (-0,53%).

A alimentação no domicílio seguiu no mesmo movimento e recuou 0,10% no mês, depois da queda de 0,63% em setembro. Entre os itens que mais puxaram o índice para baixo estão:

  • Cebola: -7,65%
  • Ovo de galinha: -3,01%
  • Arroz: -1,37%
  • Leite longa vida: -1,00%

Na direção oposta, alguns produtos voltaram a subir, com destaque para:

  • Óleo de soja: +4,25%
  • Frutas: +2,07%

Já a alimentação fora do lar também perdeu força: avançou 0,19%, após alta de 0,36% em setembro. Os preços de lanches subiram 0,42% (antes, 0,70%) e as refeições, 0,06% (contra 0,20%).

Mesmo com a sequência de deflações, o grupo ainda acumula alta de 6,26% nos últimos 12 meses. No fechamento de 2024, a inflação de alimentos e bebidas havia sido de 8%.