Fazenda

Governo admite desaceleração do PIB, mas mantém projeção de alta de 2,5%

Em nota técnica divulgada após a divulgação do PIB, a SPE afirmou que a expansão, embora positiva, “ocorreu em ritmo mais lento do que o previsto”

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, concedeu entrevista à Record na noite de terça-feira (24) (Foto: reprodução/Youtube Record)
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, concedeu entrevista à Record (Foto: reprodução/Youtube Record)

O governo, por meio do Ministério da Fazenda reconheceu nesta terça-feira (2) que houve uma desaceleração maior que o esperado no crescimento econômico, mas mantém a projeção de que a economia crescerá 2,5% em 2025.

Em nota técnica divulgada após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto), a SPE (Secretaria de Política Econômica) afirmou que a expansão, embora positiva, “ocorreu em ritmo mais lento do que o previsto”, embora alinhada com a mediana das expectativas de mercado (2,2%) e com a projeção oficial do governo. As informações foram obtidas pela revista Veja.

Em julho, a SPE já antecipava perda de ritmo, mas a desaceleração superou as expectativas:

  • Crescimento interanual: 2,2% (contra 2,5% projetados);
  • Acumulado em quatro trimestres: 3,2% (contra 3,5% esperados).

Análise setorial da Fazenda

A Fazenda destacou a indústria com perda de força, com avanço de 1,1% (ante 2,4% no primeiro trimestre), refletindo desaceleração na construção civil e recuo na produção de eletricidade e gás devido ao menor consumo e bandeiras tarifárias.

  • Agropecuária: Expansão robusta de 10,1% na comparação anual, impulsionada pela maior produção de milho (2ª safra), soja, arroz, algodão e café.

Governo Lula anuncia nova linha de crédito para indústria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), anunciaram nesta segunda-feira (25) uma nova rodada de crédito para a modernização industrial brasileira.

A iniciativa faz parte do programa NIB (Nova Indústria Brasil) que visa ampliar o alcance da indústria brasileira à tecnologia de ponta. O objetivo do governo é dar insumos aos empresários para investirem em inovação, automatização e digitalização nas cadeias produtivas.

Até junho desde ano, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já havia aprovado cerca de R$ 220 bilhões em financiamentos na NIB. Ao todo, serão R$ 300 bilhões destinados a operações nos eixos de inovação e digitalização, exportação, verde e produtividade.