O governo federal arrecadou R$ 8 bilhões com o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) em junho de 2025, R$ 2,1 bilhões a mais em comparação com o mês de maio (R$ 5,9 bilhões).
Essa é a arrecadação recorde para o IOF em um único mês desde 2005, segundo informações do Siga Brasil, plataforma de dados do Senado Federal. Informações são do Poder360, via Investing.com.
De acordo com o O Estado de S.Paulo, o valor acumulado em junho com o imposto é de R$ 2,6 bilhões maior do que a média dos 12 meses anteriores, e R$ 4,1 bilhões maior que a média de todos os meses de junho, em valores já corrigidos pela inflação.
O aumento da arrecadação do IOF reforça o argumento usado pela maioria do Congresso Nacional para impedir o decreto presidencial que elevava a alíquota. Segundo os críticos da medida, o caráter arrecadatório do decreto enfatizaria uma invasão pelo Executivo da competência do Congresso, a quem cabe legislar sobre o sistema tributário.
Segundo o Tesouro Nacional, existem outros fatores que contribuíram para o crescimento da arrecadação, como a quantidade de operações cambiais e a taxa de juros as operações de crédito.
Chegando ao Ministério da Fazenda nesta terça-feira (8), o ministro Fernando Haddad (PT-SP) reconheceu que a arrecadação foi boa, mas atribuiu o desempenho não só ao IOF. “O Imposto de Renda veio bem. A Contribuição Social veio acima do projetado pela Receita Federal. Isso traz algum conforto”, afirmou.
Haddad defende IOF e diz que medida combate privilégios
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (8) que o decreto que elevava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), derrubado pelo Congresso, tinha como objetivo combater privilégios e corrigir distorções no sistema tributário.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad afirmou que o governo está comprometido em ampliar a arrecadação sem criar novos impostos, atuando principalmente sobre brechas legais e benefícios excessivos.
Segundo ele, o decreto do IOF se encaixa nessa lógica ao limitar práticas de planejamento tributário com uso de previdência privada e operações de câmbio.