Compensar recuo

Haddad: Governo vai decidir até o final da semana sobre IOF

"Nós temos até 2,5% de aumento real do gasto público como teto", disse Haddad

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (26) que o governo decidirá até o final desta semana como compensar a perda de receita com o recuo da incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 3,5% nas aplicações de fundos nacionais no exterior.

Segundo o ministro, uma das alternativas estudadas é ampliar o contingenciamento. Na semana passada, a equipe econômica anunciou o bloqueio de R$ 31 bilhões no orçamento de 2025.

“A gente tem até o fim da semana para decidir como vai compensar. Se com mais contingenciamento ou com alguma substituição”, disse Haddad a jornalistas após o evento Nova Indústria Brasil, realizado na sede do BNDES, de acordo com o Valor.

Impacto e medidas adotadas

Na semana passada, o ministro estimou em menos de R$ 2 bilhões o impacto do recuo sobre o orçamento. Já nesta segunda-feira, evitou comentar os valores.

Haddad também minimizou o impacto das medidas sobre o crédito às empresas, mesmo em um cenário em que a Selic (taxa básica de juros) está em 14,75% ao ano.

“Quando sobe a Selic, aumenta o custo de crédito, e nem por isso os empresários deixam de compreender a necessidade da medida”, afirmou.

Compromisso fiscal e monetário

O ministro destacou ainda que o governo quer resolver “o quanto antes” a situação das políticas fiscal e monetária, com o objetivo de que os juros retornem a “patamares adequados”.

Questionado sobre a possibilidade de aumento de gastos em ano eleitoral, Haddad reforçou o compromisso da equipe econômica com o novo arcabouço fiscal.

“Nós temos até 2,5% de aumento real do gasto público como teto. Daí para menos. Vamos seguir a regra fiscal conforme combinado”, concluiu.

Fraude no INSS: Haddad prevê ressarcimento de até R$ 2 bi

A fraude no INSS pode gerar um ressarcimento de até R$ 2 bilhões aos aposentados e pensionistas prejudicados. A estimativa foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista ao jornal O Globo.

Conforme os dados do governo, entidades aplicaram cobranças indevidas entre 2020 e 2025. Portanto, o Executivo decidiu iniciar o reembolso imediato às vítimas.