A taxa de margem de comercialização no país em 2023 atingiu 29%, o maior patamar desde 2019. Os dados constam na PAC (Pesquisa Anual do Comércio) 2023, divulgada nesta quinta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e mostram que, apesar do avanço desde a pandemia, o índice ainda está abaixo do registrado há uma década. Em 2014, a taxa era de 30,6%.
A taxa da margem de comercialização é a razão entre a margem de comercialização e o custo das mercadorias revendidas. O IBGE ressalta que esse indicador representa o retorno obtido com o esforço de vendas, já descontado o custo dos produtos comercializados.
Já a margem de comercialização é a diferença entre a receita líquida de revenda e os custos das mercadorias revendidas.
Desempenho do comércio por setor (2014-2023)
O IBGE apontou que, entre 2014 e 2023, o comércio de veículos, peças e motocicletas viu sua taxa de margem de comercialização subir de 20,3% para 23,4%. Segundo o Valor, no sentido contrário, o comércio varejista registrou leve recuo, de 39,4% para 39,1%; enquanto a taxa do atacado caiu de 25,1% para 22,5% no mesmo período.
Entre os 22 segmentos do comércio analisados pelo IBGE, as maiores taxas de margem de comercialização em 2023 ficaram com o comércio varejista de artigos culturais, recreativos e esportivos, com 84,9%; seguido pelo varejo de tecidos, vestuário, calçados e armarinho, com 83%; e o de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos, com 62,8%.
Pnad Contínua: IBGE atualiza estimativas com base no Censo 2022
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) atualizou as estimativas dos trimestres móveis da Pnad Contínua com base nos dados do Censo Demográfico 2022. Com isso, o órgão ajustou os fatores de expansão da pesquisa, mantendo a metodologia usada desde 2012.
Essa atualização aumenta a precisão dos dados sobre mercado de trabalho, força de trabalho e população ocupada no país, além de permitir comparações históricas mais confiáveis.
Entre abril e junho de 2025, a nova estimativa populacional chegou a 212,7 milhões de pessoas. Desse total, 108,5 milhões integravam a força de trabalho, e 102,3 milhões estavam ocupadas. O IBGE reafirmou o uso de bases atualizadas para calibrar suas pesquisas por amostragem, o que fortalece a representatividade dos dados.