Incerteza da Economia cai para menor nível desde julho
Incerteza da Economia (Foto: unsplash)

O IIE-Br (Indicador de Incerteza da Economia), apurado pela FGV, avançou 2,5 pontos no mês de outubro, atingindo os 109 pontos. Resultado reflete o momento de incertezas globais, que têm tomado cada vez mais espaço na mídia.

Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 1,4 ponto, para 108,7 pontos. Dados foram divulgados nesta sexta-feira (31).

O indicador é composto por dois componentes: IIE-Br Mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online, e construído a partir das padronizações individuais de cada jornal; e IIE-Br Expectativa, construído a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos, reportados na pesquisa Focus do Banco Central, para a taxa de câmbio e a taxa Selic 12 meses à frente e para o IPCA acumulado para os próximos 12 meses.

No componente de Mídia, o indicador subiu 3,6 pontos em outubro, para 111,1 pontos, contribuindo positivamente com 3,1 pontos para o resultado agregado. Já o componente Expectativas recuou 3,3 pontos, passando a a 96,6 pontos e contribuindo negativamente com 0,6 ponto para a queda do IIE-Br.

Após duas quedas seguidas, a alta do indicador de incerteza no mês foi impulsionada pelo componente de mídia, refletindo o debate público em torno das persistentes incertezas externas relacionadas à política comercial global, principalmente com o aumento, em meados de outubro, das tensões tarifárias entre Estados Unidos e China. O componente de expectativas seguiu a direção contrária e recuou, motivado por uma menor incerteza por parte do mercado em relação às previsões da taxa Selic para daqui a 12 meses. Apesar da alta do IIE-Br, o indicador se mantém em patamar considerado confortável de incerteza, abaixo dos 110 pontos. Para os próximos meses, a manutenção de um nível moderado de incerteza dependerá desses fatores externos, e também da dinâmica da economia interna e da gestão das contas públicas”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.