Cerca de 242 deputados integrantes de partidos com cadeira na Esplanada votaram a favor da derrubada do decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na quarta-feira (25).
O único deputado da base que votou contra foi Rui Falcão (PT). Segundo o candidato à presidência do PT, ele votou errado porque estava no elevador, e pediu para sua assessoria ratificar o voto.
O PDL (Projeto de Decreto Legislativo) 314 de 2025 foi revogado e segue no senado por 383 votos a 98.
A intenção do presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse que o teto deve ser analisada na quarta-feira (25).
Veja como votaram os deputados na proposta que revogou o aumento do IOF
O fato de um partido ocupar ministérios no governo não significa, necessariamente, alinhamento automático com o Palácio do Planalto em todas as votações.
As indicações para cargos no primeiro escalão costumam refletir acordos políticos pontuais, muitas vezes regionais, e não garantem fidelidade irrestrita à agenda do Executivo.
Ainda assim, a ampla aprovação da revogação do decreto que elevava o IOF expôs o grau de insatisfação do Congresso com o governo.
O Planalto já esperava ser derrotado na votação desta quarta-feira (25). Agora, segundo o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), o foco será travar um “debate político”.
O Congresso ficou insatisfeito depois de o Executivo publicar uma MP (medida provisória) que aumentou mais impostos e um decreto que revogou parte do reajuste do IOF, não sua totalidade.
Entre os pontos da medida provisória, o governo propõe taxar investimentos atualmente isentos, como as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário).
O requerimento de urgência foi aprovado por 346 votos a 97 em 16 de junho. O relator da proposta, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que colocaria o texto em votação por volta das 23h35 no horário de Brasília, da terça-feira (24), em publicação no X (antigo Twitter).