Repercussão ruim

IOF: governo fecha medidas com Congresso, mas anúncio será na semana que vem

"Estamos avaliando a viabilidade e a pertinência das medidas", disse Haddad

Brasília (DF), 20/03/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do programa "Bom Dia, Ministro". Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 20/03/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do programa "Bom Dia, Ministro". Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (3), em coletiva de imprensa, que apresentou uma proposta para o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).

Contudo, a medida só será divulgada ao público na próxima semana, após ser compartilhada com os líderes do Congresso, conforme explicou Haddad. Até lá, a alta do IOF continuará em vigor.

O ministro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alcolumbre e Motta. Há 15 dias, o governo anunciou o aumento do IOF para elevar a arrecadação com o objetivo de atingir a meta fiscal do ano, mas a decisão repercutiu mal no Congresso.

Desde então, o governo vem buscando desenvolver uma alternativa. “Hugo Motta deu 10 dias para apresentar uma resposta. Nós apresentamos uma resposta, na presença do presidente da República. Mas ainda é preciso apresentar para os líderes”, disse Haddad, segundo o G1.

Governo busca alternativas para o IOF após repercussão no Congresso

O ministro justificou que o governo precisa dos votos do Congresso. Segundo ele, havia o risco de o decreto presidencial sobre o IOF ser derrubado pela Câmara e pelo Senado.

“Estamos tendo esse cuidado todo porque dependemos dos votos do Congresso Nacional. O Congresso precisa estar convencido de que esse é o caminho mais consistente do ponto de vista da política macroeconômica“, continuou Haddad.

Na sequência, o ministro manteve a defesa da alta do IOF: “Estamos avaliando a viabilidade e a pertinência das medidas. Estamos bastante seguros de que elas são justas e sustentáveis do ponto de vista macroeconômico”, destacou.