O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação oficial, caiu 0,14% em agosto, após alta de 0,33% em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Essa foi a primeira queda do indicador desde julho de 2023, quando recuou 0,07%. Também representa o menor índice em quase três anos, desde a taxa de -0,37% registrada em setembro de 2022.
Contudo, o resultado de agosto veio acima da mediana das projeções do mercado, que apontava para deflação de 0,19%, segundo pesquisa da Reuters.
O IPCA-15 mede a variação de preços entre o dia 16 de um mês e o dia 15 do mês seguinte.
IPCA-15 em agosto: projeção indica deflação e queda na inflação acumulada
O IPCA-15 de agosto, prévia da inflação oficial, será divulgado nesta terça-feira (26) e deve registrar deflação. A Warren Investimentos projeta queda de -0,22%, o que reduzirá a inflação acumulada em 12 meses para 4,87%. Assim, o índice mostrará desaceleração de 55 pontos-base em relação a julho, quando havia avançado 0,33%.
O grupo de alimentação e bebidas deve liderar a redução. A Warren estima deflação de -0,80%, acima da registrada em julho (-0,40%). Os alimentos in natura, por sua vez, devem intensificar o movimento baixista, com projeção de -3,12%. Tubérculos (-7,8%), arroz (-3,0%) e feijão (-1,75%) devem puxar a queda, enquanto as carnes devem recuar -0,44%. Portanto, a alimentação tende a aliviar de forma significativa o orçamento das famílias.
Além disso, a habitação deve registrar recuo expressivo de -2,60%. A energia elétrica desponta como o principal vetor, com queda projetada de -6,75% em razão do Bônus de Itaipu.
Esse benefício deve reduzir em até -11,40% o impacto nas tarifas, embora a bandeira vermelha patamar 2 limite parte desse alívio. Ainda assim, aluguel e condomínio, mesmo com variações mais contidas, devem reforçar a trajetória de baixa do grupo.