O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revisou para baixo a projeção da inflação brasileira, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) para 2025. De 5,2%, a estimativa passou a ser de 4,8%, disse a Agência Brasil.
Em agosto, o índice registrou deflação de 0,11%, após alta de 0,26% em julho. A atual meta da inflação do Banco Central é de 3%, com tolerância de 1,5 p.p. (ponto percentual) para mais ou para menos, ou seja, 4,5% no máximo.
A revisão da projeção está alinhada com a avaliação do BC (Banco Central), que atualizou a revisão de 4,9% para 4,8%.
Para as pesquisadoras do instituto Maria Andréia Parente Lameiras e Tarsylla da Silva de Godoy Oliveira, autoras da Carta de Conjuntura, “o ambiente inflacionário brasileiro apresenta sinais de maior moderação, embora siga desafiador”.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que os preços do alimentos caíram em agosto, dessa forma, o Ipea revisou a expectativa desse grupo para o fim do ano, passando de uma inflação de 6,7% para 4,4%.
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Um dos motivos para o recuo no preço dos alimentos foi a expansão da oferta, com expectativa de safra recorde.
As pesquisadoras destacam que, no entanto, uma aplicação mais importante é que a apreciação do câmbio reduziu pressões sobre alimentos, bens industriais e combustíveis. No último trimestre, citam as autoras, o real valorizou 5% frente ao dólar.
Decido ao mercado de trabalho aquecido, o Ipea não reduziu a projeção de inflação em relação aos preços dos serviços, mantida em 6,2%. “Mesmo diante de uma leve desaceleração da atividade econômica na margem, o mercado de trabalho segue bem apertado”, afirmam.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
O Ipea também reduziu a estimativa para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 4,9% para 4,5%. Também apurado pelo IBGE, o INPC mede o custo de vida das famílias com renda de um a cinco salários mínimos, Uma das diferenças para o IPCA é que o INPC atribui mais peso a gastos como alimentação.
Índice é utilizado para corrigir salário de algumas categorias e também na fórmula de reajuste anual do salário mínimo.
