O Brasil criou 147.358 vagas de emprego formais no mês de agosto, dizem dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta segunda-feira (29). O resultado é 38,4% menor do que o do ano passado, quando o saldo foi de 239.069 postos de trabalho.
Esse é o pior resultado para o mês de agosto desde o início do Novo Caged, iniciado em 2020. Informações via Poder 360 e CNN.
O número é um resultado de 2,24 milhões de contratações e 2,09 milhões de demissões. No acumulado do ano, já foram criados 1,5 milhão de empregos. Desses postos, 75,1% são considerados típicos e 24,9% não típicos. Já o salário médio apurado foi de R$ 2.295,01, um crescimento de 0,56% em comparação com o mês de julho.
Quatro dos cinco principais grupos de trabalho observados tiveram resultado positivo, mas o destaque foi para o setor de serviços com 81 mil postos criados. A lista segue com (32,6 mil), indústria (19 mil) e construção (17 mil).
O setor agropecuário foi o único que teve um resultado negativo, com com 2,6 mil demissões. Para Sara Paixão, Analista de Macroeconomia da InvestSmart XP, “o impacto nos empregos da agropecuária pode estar relacionado ao fim da super safra, que ocorreu no início do ano. Um outro fator que tende a impactar o emprego na agropecuária são as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos importados do Brasil”
No mês de agosto, 25 das 27 unidades federativas do Brasil tiveram saldo positivo. A fila foi puxada por São Paulo (45 mil), Rio de Janeiro (16,1 mil) e Pernambuco (12,6 mil). Considerando variações relativas os destaques foram Paraíba (1,61%), Rio Grande do Norte (0,98%) e Pernambuco (0,82%).
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Rio Grande do Sul e Roraima registraram mais demissões que contratações. As demissões no Rio Grande do Sul aconteceram, principalmente, no processamento industrial do fumo.
O saldo de empregos formais foi mais positivo para mulheres, com 77.560 novas vagas, do que para homens, que tiveram 69.798 postos criados. Entre adolescentes de até 17 anos, foram gerados 33.710 empregos, sendo 19.908 destinados a aprendizes. Pessoas com nível médio completo representaram 96.442 novas vagas, enquanto a população com deficiência registrou um saldo positivo de 820 vínculos.
Inflação do aluguel sobe 0,42% em setembro
O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), mais conhecido como inflação do aluguel, registrou alta de 0,42% em setembro. No mês anterior, o avanço havia sido de 0,36%, ficando agora acima do esperado. O dado foi divulgado na manhã desta segunda-feira (29) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo pesquisa da Reuters, a estimativa era de avanço de 0,35%. Com o resultado de setembro, o índice acumula, em 12 meses, alta de 2,82%.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, apresentou alta de 0,49% em setembro, após crescer 0,43% no mês anterior.
