Crédito disponível

O seu financiamento imobiliário muda após a última decisão da Selic?

A decisão do BC influencia diretamente o crédito disponível para aquisição da casa própria pela população

Foto: pexels
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A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana confirmou o que economistas e o mercado financeiro já antecipavam: o Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic em 10,5% ao ano pela segunda vez consecutiva, após um período de reduções contínuas. 

A decisão impacta diversas áreas da economia, com especial destaque para o financiamento imobiliário, uma vez que essa taxa influencia diretamente o crédito disponível para aquisição da casa própria pela população.

João Ricardo Coutinho, economista e diretor da RJ+Asset, destaca que uma taxa Selic elevada afeta tanto a capacidade de financiamento dos compradores de imóveis quanto as operações das construtoras. 

Segundo ele, uma Selic reduzida tende a aumentar a procura por crédito e facilitar a obtenção de financiamentos. Para as construtoras, uma taxa de juros mais baixa não só eleva a demanda, mas também melhora a rentabilidade e a saúde financeira das empresas do setor.

No entanto, os impactos da taxa Selic, seja ela alta, baixa ou mantida, não se manifestam de forma imediata nos juros dos financiamentos imobiliários ou nos custos operacionais das empresas do setor. Essa é a análise de Alison Oliveira, coordenador do índice Fipezap.

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Copom mantém taxa Selic em 10,50% a.a.

Os membros do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiram manter a taxa de juros básica do Brasil, a Selic, em 10,50% a.a.

A decisão unânime é a mesma da última reunião, em junho, quando o comitê pôs fim ao ciclo de cortes de juros observados desde agosto de 2023.

BP Money já havia antecipado a manutenção da Selic na assembleia desta quarta-feira (31). Especialistas previram que, diante dos riscos nos cenários interno e externo e do tom da última ata, o comitê agiria com cautela.

“Na ata da última reunião, o Copom avaliou o cenário externo como adverso e o interno desafiador pela ótica da inflação. Diante disso, é de se esperar que o comitê continue conduzindo a política monetária com maior cautela, se mantendo vigilante diante das incertezas”, disse Ana Paula Carvalho, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

Em relação às expectativas sobre os próximos passos do Copom, o mercado deve ficar de olho na mensagem da ata, que deve ser divulgada na terça-feira (6).