
A taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2025 chegou a 5,6%, a menor da série iniciada em 2012. Comparada ao 2º trimestre de 2025, essa taxa recuou em duas das 27 unidades da federação e ficou estável nas demais. As informações são da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgadas na manhã desta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As maiores taxas foram registradas em Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%). Já as menores foram observadas em Santa Catarina (2,3%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,6%).
Revisão da PNAD Contínua e Dados de Desocupação
Os dados incorporam a reponderação da série histórica da PNAD Contínua, divulgada em 31 de julho. Segundo o relatório, a revisão de 2025 considera os totais populacionais das Projeções de População divulgadas em 2024, que incluem os resultados do último Censo Demográfico, realizado em 2022. Mais detalhes podem ser consultados na Nota Técnica 02/2025.
No terceiro trimestre de 2025, o número de desocupados das quatro faixas de tempo de procura por trabalho analisadas pela pesquisa caiu em relação ao mesmo período de 2024.
Duas dessas faixas registraram os menores contingentes para um terceiro trimestre desde 2012:
- 1 mês a menos de 1 ano: 3,1 milhões
- 1 ano a menos de 2 anos: 666 mil
A faixa de menos de um mês (1,1 milhão) teve o menor contingente desde 2015, enquanto o grupo de 2 anos ou mais (1,2 milhão) registrou o menor total desde 2015, com queda de 17,8% ante o 3º trimestre de 2024.
Análise do mercado de trabalho
Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, o terceiro trimestre é geralmente um período de ajuste do mercado de trabalho para atender às expectativas dos agentes econômicos para o último trimestre do ano.
“A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação, e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura”, afirmou.