Dada a largada

Porto de Santos vive corrida pré-tarifa norte-americana

O embarque de carne bovina, frango, porco, miúdos e demais proteínas animais por contêineres aumentou 96% nas duas primeiras semanas do mês

Porto de Santos vive corrida pré-tarifa norte-americana (Foto: Ricardo Botelho/Minfra)
Porto de Santos (Foto: Ricardo Botelho/Minfra)

O Porto de Santos resgistrou aumento de embarques para os EUA após o anúncio de tarifas sobre produtos importados do Brasil. O movimento foi percebido, principalmente, nos contêineres com proteína animal.

O embarque de carne bovina, frango, porco, miúdos e demais proteínas animais por contêineres aumentou 96% nas duas primeiras semanas do mês, disse a Autoridade Portuária de Santos à Agência Brasil.

A exportação de café, principalmente para os EUA, cresceu 17% no período. O presidente da Autoridade Portuária, Anderson Pomini, informou que as 50 mil toneladas de celulose embarcadas representam uma maior quantidade que nos meses anteriores.

O número de caminhões que transportam a carga até o terminal cresceu cerca de 70%. “Percebemos uma corrida dos exportadores para escaparem da tarifa dos 50%”, declarou Pomini.

O executivo participou do grupo de empresários e autoridades que se reunião com Geraldo Alckmin,vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para tratar do tema.

Atualmente o Porto de Santos é o maior da América Latina, respondendo, em média, por 30% da corrente comercial do Brasil. Os EUA são o segundo principal destino das exportações, ficando atrás apenas da China.

O ranking dos principais parceiros comerciais do Brasil que utilizam o Porto de Santos é: China, com 47,1% do movimento; Estados Unidos, com 22,2%; Alemanha, com 8%; Índia, com 5,3%; e Japão, com 5%. Outros países respondem por 12,4% das movimentações.

EUA devem escalar sanções ao Brasil após operação contra Bolsonaro, diz fonte

Os EUA podem intensificar as sanções impostas ao Brasil, chegando a atingir bancos e o mercado financeiro como um todo, proibindo empresas brasileiras de realizarem negócios com o país norte-americano. As informações são de fontes próximas à Casa Branca.

Segundo as fontes, a possibilidade é real e ganhou força após a operação contra Jair Bolsonaro, realizada nesta sexta-feira (18). “Os EUA estão acompanhando de muito perto os desdobramentos no Brasil”, disseram.