Desequilíbrio na balança

Renda do 1% mais rico é 39,2 vezes maior que a dos 40% mais pobres 

De acordo com os dados, a diferença entre esses grupos teve um leve aumento de renda em relação ao ano anterior: de 38,9 para 39,2 vezes

Pesquisa do IBGE evidencia rendimento desproporcional (Foto: unsplash)
Pesquisa do IBGE evidencia rendimento desproporcional (Foto: unsplash)

O rendimento médio mensal das pessoas pertencentes ao grupo dos 1% mais ricos no Brasil atingiu R$ 20.664, o que representa uma disparidade considerável em relação aos rendimentos do grupo dos 40% mais pobres, que registraram uma média de R$ 527 no mesmo período.

Essa desigualdade de renda é evidenciada pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua 2023 – Rendimento de Todas as Fontes, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (19).

Desproporção dos rendimento tem progressão anual

De acordo com os dados, a diferença entre esses grupos teve um leve aumento de renda em relação ao ano anterior, passando de 38,9 vezes para 39,2 vezes.

Ainda segundo a pesquisa, ao longo do ano a razão entre o rendimento médio dos mais pobres e dos mais ricos apresentou flutuações.

Em 2012 reduziu 46,2 vezes para 40 vezes em 2014, voltou a crescer até atingir o pico de 48,9 vezes em 2018. Após isso, recuou para 41,8 vezes em 2020 e subiu novamente para 47 vezes em 2021.

“Apesar do substancial aumento do rendimento médio domiciliar per capita em todos os estratos, quando comparados os rendimentos médios das diferentes classes de renda observa-se que a desigualdade no país permanecia bastante acentuada”, escreveu o IBGE na publicação.

Além disso, outra maneira de visualizar essa concentração de renda é comparando o grupo dos 1% mais ricos com o dos 5% mais pobres. Os dados revelam que aqueles com maiores rendimentos tinham uma média mensal de R$ 20.664, o que corresponde a 164 vezes o valor de R$ 126 registrado pelas pessoas no grupo dos 5% mais pobres do país.

IPC-S acelera para 0,29% na 2ª leitura de abril

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semana) da segunda quadrissemana de abril marcou uma aceleração, atingindo 0,29% em comparação com 0,18% na semana anterior, acumulando um aumento de 2,71% nos últimos 12 meses, de acordo com o relatório do Instituto Brasileiro de Economia da FGV Ibre.

Dentre as oito classes de despesa do IPC-S, seis apresentaram aumento em suas taxas de variação. O destaque ficou para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 0,42% para 0,62% na segunda quadrissemana. 

Os medicamentos em geral foram os principais impulsionadores, com uma variação de 1,78% em relação à leitura anterior, que estava em 0,72%.