O governo federal anunciou nesta quarta-feira (13) um pacote emergencial de R$ 30 bilhões para enfrentar os impactos do tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
A medida, apresentada no Palácio do Planalto, busca preservar empregos, garantir competitividade e ampliar mercados para setores atingidos pela taxação.
Tarifaço afeta empresas e acelera reação do governo
O pacote será formalizado por medida provisória e incluirá crédito com juros reduzidos, incentivo a ações judiciais nos EUA, compras governamentais e reforma estrutural no Fundo de Garantia à Exportação (FGE).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo priorizará pequenas empresas e exportadores de alimentos perecíveis, como frutas e mel, além de fabricantes de máquinas.
Além disso, o plano estimulará a abertura de novos mercados e garantirá apoio jurídico contra as tarifas. “Ninguém ficará desamparado pela taxação do presidente Trump”, declarou Lula, ressaltando que a estratégia protegerá a produção nacional e fortalecerá o comércio exterior.
Crédito especial com contrapartidas
O Banco do Brasil e o BNDES concederão o financiamento com recursos de crédito extraordinário fora do teto de gastos. Contudo, algumas empresas precisarão manter empregos para receber os valores.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a reforma do FGE ampliará a cobertura para todas as exportadoras brasileiras. “Estamos modernizando o fundo para apoiar qualquer empresa com vocação exportadora”, ressaltou Haddad. Dessa forma, o governo pretende criar um ambiente mais seguro para os negócios internacionais.
Tarifaço de Trump e impactos fiscais controlados
A taxação entrou em vigor no dia 6 e atingiu setores estratégicos, provocando queda nas vendas, cancelamentos de contratos e demissões. Apesar disso, o governo garantiu que o pacote respeitará a meta de déficit zero para 2025.
Paralelamente, o Brasil buscará solução para o impasse na Organização Mundial do Comércio (OMC) e poderá adotar medidas de reciprocidade. Por outro lado, Lula enfatizou que o país evitará bravatas e avaliará cuidadosamente o impacto de cada ação antes de implementá-la.