PNAD Contínua

Taxa de desocupação recua e emprego formal bate recorde no trimestre

A taxa composta de subutilização da força de trabalho ficou em 14,9%, uma redução de 0,8 ponto percentual trimestral

Brasil / Carteira de trabalho
Carteira de trabalho / Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil, medida pela PNAD Contínua, foi de 6,2% no primeiro trimestre de 2025. O percentual representa uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (6,8%) e uma queda de 1,0 ponto percentual frente ao mesmo período do ano anterior (7,1%). As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (27) pelo IBGE.

Por outro lado, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu patamar recorde, com 39,8 milhões de pessoas. O número representa estabilidade (alta de 0,8%) em relação ao trimestre anterior e crescimento de 3,7% frente ao mesmo trimestre de 2024.

Outro destaque, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foi a quantidade de desalentados, que apresentou quedas expressivas: 10,6% em relação ao trimestre encerrado em abril e 13,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho ficou em 14,9%, uma redução de 0,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior. Esse indicador considera o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial, em relação à força de trabalho ampliada. Na comparação anual, também houve queda, de 1,9 ponto percentual.

Entre março e maio de 2025, aproximadamente 6,8 milhões de pessoas estavam desocupadas no Brasil. Na comparação com o trimestre móvel anterior (dezembro de 2024 a fevereiro de 2025), quando 7,5 milhões de pessoas estavam sem ocupação, esse indicador recuou 8,6%.

Análise do mercado de trabalho

“Os principais responsáveis pela redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu em 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas. Assim, semelhante às divulgações anteriores, o mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão de obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais”, explicou William Kratochwill, analista da pesquisa.