Cimento (Foto: Life Of Pix/Pexels)
Cimento (Foto: Life Of Pix/Pexels)

As vendas de cimento no Brasil cresceram 7,2% em outubro de 2025 ante o mesmo período do ano anterior, chegando a 6,3 milhões de toneladas. De acordo com o divulgado pelo Snic (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento) nesta sexta-feira (7), o resultado foi apoiado por vendas maiores em quase todas as regiões do país no período.

No mês de outubro, a venda de cimento teve maior expansão na região Norte do país, avançando 17,3% no comparativo ano a ano. A lista é seguida pelo Nordeste (+12,1%) para 1,4 milhões de toneladas; e Centro-oeste (+11,5), com 757 milhões.

O Sudeste, maior mercado do Brasil, teve crescimento de vendas de cimento de 5,4%, atingindo 2,85 milhões de toneladas. Na mesma comparação, as vendas do Sul foram estáveis, a 986 mil toneladas de cimento.

Com o resultado do décimo mês do ano, que acumulou um crescimento das vendas no país de 3,6%, a 56,57 milhões de toneladas, o Snic avalia que o setor pode chegar a 3% de crescimento em 2025, uma projeção melhor que a do começo do ano, quando a expectativa era de 1% a 1,5%.

“Essa perspectiva se ancora em duas frentes principais: a força do Minha Casa Minha Vida, que deve gerar uma demanda adicional de 2,5 a 3 milhões de toneladas de cimento por ano, e os investimentos contínuos em infraestrutura, com destaque para habitação e a forte expansão do pavimento de concreto rodoviário e urbano”, afirmou o Snic em comunicado à imprensa.

Apresentação na COP30

Na próxima semana, o setor deve apresentar na COP30 o plano para alcançar neutralidade de emissões de carbono até 20250. A indústria de cimento é uma das que mais emitem gases estufa.

Segundo o Snic, o setor de cimento deve apresentar instrumentos de remoções e compensações, como uso de matérias-primas alternativas no processo de fabricação do cimento. A entidade afirma que atualmente o setor de cimento no Brasil tem emissões de 580 quilos de CO2 por tonelada produzida, abaixo da média global de 610.