Economia

Natal tem pior venda em três anos, diz Serasa

Em termos de variação percentual, foi o pior desempenho desde o Natal de 2020

A Serasa Experian informou nesta terça-feira (26) que as vendas do varejo físico no período do Natal recuaram 1,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em termos de variação percentual, foi o pior desempenho desde 2020, quando as vendas despencaram 10,3%. 

Os dados correspondem ao período de 18 a 24 de dezembro, que concentra boa parte da demanda de produtos natalinos. A metodologia seguiu como base uma amostra das consultas realizadas pelos lojistas no banco de dados da companhia, no momento da venda ao consumidor. Cerca de 6 mil companhias fazem consultas mensais à base da Serasa Experian.

No intervalo entre 22 e 24 de dezembro, o recuo foi ainda maior, de 10,7% ante os mesmos dois dias anteriores ao Natal em 2022.

No material publicado pela empresa, Luiz Rabo, economista-sênior da Serasa Experian, explicou que, “com inadimplência marcando números recordes este ano, a prioridade dos consumidores foi a reestruturação financeira ao optarem por utilizar o 13° salário para o pagamento e renegociação de dívidas”.

The Economist diz que, após quatro anos, Brasil voltou à normalidade

A revista britânica The Economist revelou sua distinção anual de “País do Ano” para 2023. Segundo a publicação, três nações se destacaram por retornarem à estabilidade após um período de “turbulência”: Grécia, Polônia e Brasil.

A análise sobre o Brasil na Economist enfoca a ascensão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caracterizando sua posse como um contraponto aos “quatro anos de populismo enganoso sob Jair Bolsonaro”. Essa fase anterior foi associada a disseminação de teorias conspiratórias, apoio a setores polêmicos, incêndios florestais e a recusa em aceitar uma derrota eleitoral, além dos eventos golpistas de 8 de janeiro.

A revista elogia as ações rápidas do governo Lula em trazer estabilidade e reduzir significativamente o desmatamento na Amazônia. No entanto, ressalta a aproximação do Brasil com líderes controversos como Putin e Maduro, apontando isso como um aspecto que prejudicou sua ascensão ao prêmio de “País do Ano”, título que foi concedido à Grécia.

No contexto europeu, a revista destaca o progresso da Grécia, uma década depois de uma crise financeira. Embora ainda distante da perfeição, o país mostrou capacidade de implementar reformas econômicas, manter políticas externas alinhadas com os EUA e a União Europeia e, mesmo enfrentando desafios, foi reeleito com um governo de centro-direita em junho.