Ilustração dos logos de Netflix e da Warner (Crédito: REUTERS/Dado Ruvic)
Ilustração dos logos de Netflix e da Warner (Crédito: REUTERS/Dado Ruvic)

A Netflix ofertou nesta sexta-feira (5) uma proposta de US$72 bilhões para adquirir os estúdios e a plataforma de streaming da Warner Bros Discovery. Apesar da empresa se mostrar confiante, a transação enfrenta ventos contrários vindos do Congresso e pode esbarrar em uma rigorosa análise antitruste.

Parlamentares republicanos já apresentaram uma trava, o senador Mike Lee, do Utah, que comanda o comitê antitruste do Senado dos EUA, foi direto ao ponto: 

“A Netflix criou um ótimo serviço, mas aumentar o domínio da Netflix dessa forma significará o fim da Era de Ouro do streaming para criadores de conteúdo e consumidores”, escreveu Lee na rede social X.

Os números que preocupam Washington

A Netflix já conta com mais de 300 milhões de assinantes pelo mundo, adicionando os 128 milhões da HBO Max criaria um gigante ainda mais dominante num setor que vive um momento delicado.

Outros políticos, como o senador Roger Marshall e o deputado Darrell Issa, argumentam que menos competição resultará em menos filmes chegando aos cinemas.

Netflix aposta na defesa pró-consumidor

Do lado da Netflix, o discurso é outro, o CEO Ted Sarandos garante que a fusão beneficia consumidores, trabalhadores e criadores de conteúdo. A estratégia da empresa é mostrar que o mercado mudou, um exemplo é do YouTube que lidera a audiência na TV americana.

Departamento de Justiça terá a palavra final

O presidente dos EUA, Donald Trump tem um histórico de se envolver em grandes questões de mídia e de se posicionar de um lado.

Trump pressionou veementemente o Departamento de Justiça para impedir a compra da Time-Warner pela AT&T por US$85 bilhões, expressando preocupações sobre a concentração da mídia com a rede de notícias CNN, da Time-Warner. A AT&T acabou vencendo no tribunal em 2018 e 2019.